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Tietê revive o tempo das regatas e do glamour


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 19/01/2004

Os motoristas que passavam na manhã de ontem pela Marginal Tietê na altura da Ponte das Bandeiras lançavam olhares curiosos para a pequena multidão que se concentrava numa das margens do rio. Lá embaixo, cerca de 50 remadores percorriam as águas sujas do Tietê em pequenas embarcações, aplaudidos por um grupo de espectadores acomodados numa cabana.
O evento fez parte da "Regata Clube Esperia - 450 Remadas por São Paulo", homenagem do tradicional clube paulistano ao aniversário da Capital, que será comemorado oficialmente no próximo domingo.
A promoção do Esperia, com o apoio da Prefeitura de São Paulo e de patrocinadores provador, reuniu, ao longo de quase três horas, 14 embarcações disputaram sete provas, num percurso de cerca de 500 metros que terminava na Ponte das Bandeiras, ao lado da sede do clube. Apesar da participação de alguns remadores profissionais, as provas não tinham caráter competitivo. "Queríamos homenagear a cidade e o Tietê, onde tudo começou", disse o organizador do evento, Ricardo Pessoa, referindo-se ao fato de que, às margens do rio, foram realizadas algumas das mais importantes competições aquáticas da cidade, da década de 20 ao fim dos anos 50.
Época que remadores veteranos, como Delnir Ramos, de 84 anos, relembram com saudade. "As famílias faziam piquenique na beira do rio para acompanhar as provas", contou ele, que praticou o esporte no Tietê entre 1943 e 58. "Tenho boas lembranças daquela época e estou muito emocionado por participar da regata."
Emocionada também estava Elisa de Paula, de 79 anos, única remadora veterana no evento. "É duro ver o rio desse jeito. Mas também estou feliz por voltar a remar aqui", disse ela, munida do kit com máscara, luvas cirúrgicas e óculos, cedido pela organização. Em terra, dez figurantes com roupas típicas dos anos 20 posavam para fotos ao lado dos convidados. "A roupa que a gente usava era mais simples", disse uma espectadora de 82 anos, que se identificou apenas como Mercedes. "O que eu mais gostava de ver era o iole a oito."
Foi numa embarcação para oito remadores que Lars Grael, secretário estadual da Juventude, Esporte e Lazer, participou do evento. Lars destacou a importância da regata por tentar resgatar, mesmo que de forma simbólica, o glamour que o Tietê teve em outros tempos. "Quem sabe não poderemos, um dia, resgatar também a prática de esportes no rio?"

http://txt.estado.com.br/editorias/2004/01/19/esp022.html

O Estado de São Paulo

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