Zona Sul - caminhos que uniram a cidade |
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Especial publicado pelo jornal Diário de S.Paulo 21/01/2004 |
A Zona Sul traz, na sua identidade, muito da catequese dos jesuítas, das ondas migratórias que se sucederam e da cultura de seus primeiros moradores, os índios. A região se expandiu por antigas estradas de terra.
No século 16, toda a área da Capela do Socorro pertencia à aldeia de Guarapiranga. Originalmente integrada à região pertencente a Santo Amaro, a área conhecida como Socorro foi desmembrada, em 1938, por ato do governador de São Paulo. Pelo fato de haver um município com o mesmo nome — e em razão da existência de uma antiga capela —, o novo bairro passou a ser denominado Capela do Socorro.
Mais ao centro, o Jabaquara foi batizado por índios tupis — o nome significa rocha ou buraco. Servia como ponto de descanso para viajantes que se dirigiam a Santo Amaro e Borda do Campo. Só no fim do século 19 a região se popularizou, depois que a Prefeitura resolveu fazer o Parque do Jabaquara para passeios e piqueniques.
Com o crescimento da cidade, as antigas estradas que são as atuais avenidas Vergueiro, Domingos de Morais e Jabaquara levavam a Santo Amaro, após atravessar o Campo Belo e o Brooklin. Muitas das chácaras existentes nessa área foram tombadas, viraram bairros e levaram o nome de seus donos, como a Cidade Vargas e Cidade Ademar. A chegada dos trilhos dos bondes, em 1930 — que cortavam a atual Avenida Ibirapuera —, e a inauguração do Aeroporto de Congonhas, em 1940, deram grande impulso ao desenvolvimento do bairro.
Marsilac é um dos distritos que não teve bondes, mas nasceu às margens de uma estrada de ferro, a Mairinque-Santos. A ferrovia foi projetada em 1889 para quebrar o monopólio da Southern São Paulo Railway na ligação entre o Interior e o Litoral. Foi iniciada em 1929 e terminada em 1937, com a ligação das duas frentes, uma vindo de Santos e outra de Mairinque. A linha opera até hoje sob a administração da Ferroban, pode onde só passa trens de carga. A estação tinha o nome de Embura, mas ao ser inaugurada em 1934 já levava o nome atual, que homenageia um dos engenheiros projetistas do ramal, José Alfredo de Marsilac.
Já a região de Campo Limpo tem este nome porque, em 1920, a área era um descampado usado pelos treinadores de cavalos do Jockey Club de São Paulo.
http://www.diariosp.com.br/SaoPaulo/default.asp?Editoria=16&id=291826&Retranca=291839
Diário de São Paulo
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