Zona Leste: Depois da ponte do Tamanduateí |
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Especial publicado pelo jornal Diário de S.Paulo 22/01/2004 |
Conta a história que a Zona Leste nasceu dois anos depois de São Paulo, quando os jesuítas construíram, em 1556, a primeira ponte sobre o Rio Tamanduateí. Do lado de lá começaram a construção de casas. Os índios, surpresos, exclamavam “moo oca”, que em tupi-guarani significa exatamente “faz casa”. Logicamente, a expressão se tornou o nome do bairro nascente. E como Mooca se tornou base da ação de catequese dos índios ao longo do Tietê a para a formação da região que no século 16 passou a ser conhecida como Arraial de Nicolau Barreto.
As mudanças se aceleram durante a grande imigração de 1870 a 1890, quando a Mooca recebeu, junto com os trilhos da Estrada de Ferro Inglesa, o sotaque que a distinguiu nos anos seguintes: o italiano.
A região mantém até hoje algumas relíquias culturais do século X16, como a Casa da Moenda, construída pelos índios com o único material conhecido na época, a taipa. E sedia, sobretudo, o templo que preserva a história da formação de São Paulo: o Memorial do Imigrante.
A instituição ocupa imponente complexo de prédios na rua Visconde de Parnaíba, no Brás. Seu acervo está formado pelos documentos oficiais de registro de todos os migrantes que chegaram a São Paulo a partir de 1886.
Destacam-se ainda a documentação fotográfica e o banco de dados que permite o levantamento da árvore genealógica dos descendentes dos imigrantes. Com base no mesmos dados, o Memorial fornece certidões de desembarque que comprovam ascendência estrangeira, importante para recebimento de herança.
http://www.diariosp.com.br/SaoPaulo/default.asp?Editoria=16&id=292025&Retranca=292027
Diário de São Paulo
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