Empresa ensina informática a docentes |
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Publicado pelo site Aprendiz 22/01/2004 |
Duzentos e dez professores, diretores e estudantes de escolas públicas paraibanas começaram a receber ontem uma capacitação em informática, oferecida por uma parceria entre a Secretaria Estadual de Educação e a empresa Microsoft. A Paraíba é o primeiro Estado do País a fechar o acordo e a dar início ao trabalho que vai formar 420 agentes multiplicadores para 92 escolas municipais e estaduais onde já existem laboratórios de informática.
Márcia Teixeira, gerente do programa educacional da Microsoft, conta que a empresa está satisfeita com a velocidade do encaminhamento do trabalho na Paraíba. O projeto está sendo levado para todos os 50 países onde a empresa atua, mas apenas oito já estão colocando em prática, com um investimento global que vai chegar a 250 milhões de dólares. O convênio com o governo federal foi assinado em junho do ano passado, a Paraíba assinou o seu em dezembro e um mês depois já está iniciando o curso. Pelo menos outros quatro Estados também já estão negociando, mas até agora não há nada definido.
A capacitação não vai ser apenas técnica, de acordo com Márcia. A idéia é fazer com que os professores estejam aptos a utilizar as ferramentas da informática como instrumento pedagógico, que facilite o aprendizado dos alunos nas diversas disciplinas. “Queremos que essas pessoas sejam agentes de transformação e democratização no acesso à informática”, explica. Depois da primeira fase da capacitação das duas primeiras turmas, a Microsoft já pensa em promover trabalhos específicos para turmas do ensino médio. “Mas isso ainda é um projeto, queremos expandir nossa colaboração com esse trabalho”, conta.
O secretário estadual de Educação e Cultura, Neroaldo Pontes, reforça a importância da capacitação desses agentes para que haja a devida utilização dos equipamentos que existem e estão disponíveis em muitas escolas do Estado. Ele conta que tem lugar em que ele chega e percebe logo que os computadores não estão sendo utilizados de tão novos que ainda estão. “Esse treinamento nos levará a colocar a informática a serviço da excelência na educação”, acredita.
Como professor de literatura, Neroaldo fez uma comparação entre a adoção dos computadores nas escolas e a obra de José Lins do Rêgo. “A gente tem que construir a usina sem esquecer o engenho”, diz. Para ele, o engenho representa as velhas formas de ensinar, o contato pessoal entre professor e aluno e a interação dentro de sala de aula, enquanto a usina representa a informatização. “Por isso vamos oferecer a tecnologia aos nossos alunos, mas sem desprezar o calor do relacionamento”, reforça.
Um dos problemas que Neroaldo acredita que vai ser sanado com a formação oferecida pela Microsoft é o abismo entre os professores mais antigos e os alunos, que foram criados dentro de uma cultura informatizada. “Muitos professores vêm trabalhando com certa eficiência no sistema antigo e com a chegada dos computadores foi criado um impasse porque ainda não há interação entre os dois”, conta. Segundo ele, há escolas em que nem mesmo o diretor sabe utilizar o computador.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/educadores/noticias/ge210104.htm
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