> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
O sentido de ser educador


Artigo de Vitor Nunes Rosa na Revista Aprender 11/02/2004

Diante dos desafios que perpassam a educação atual, vejo como essencial a contínua pergunta contextualizada na coletividade: "Quais são os objetivos fundamentais que alicerçam o meu projeto de vida como pessoa e como profissional da educação?"

Ao considerar, com Gramsci, que a escola pode ser um espaço de manutenção ou transformação do status quo, torna-se essencial definir o que pretendemos com a educação. Uma prática pedagógica transformadora tem como pano de fundo a concepção de que a educação extrapola os muros da escola, envolvendo todos os atores sociais.

Precisamos partir de uma visão antropológica que reconheça o desenvolvimento humano como um longo processo de enfrentamento de desafios. O enfrentar desafios supõe que a pessoa seja um produtor de conhecimentos.

Partindo desse pressuposto, o trabalho do educador constitui-se como um processo contínuo de instigação, a fim de contribuir para o desenvolvimento do espírito investigativo nos educandos.

Um trabalho pedagógico organizado sob essa ótica funda-se numa "escuta elaborante", princípio da democracia. A prática pedagógica democrática tem como princípio a transparência nas relações, onde todos podem manifestar o seu pensamento em relação ao outro.

É preciso acolher o diferente e a diferença como indispensáveis ao alavancamento do desenvolvimento humano. O outro me permite com a sua diferença fazer-me crescer. E eu, com o que tenho de diferente dele o oportunizo crescer. E nessa dialogia se dá um movimento oxigenante das relações sociais. Deste movimento se constitui um novo ser humano, uma nova educação. Uma síntese do velho que é presente. E do presente, que é futuro.

Creio que a dimensão da espiritualidade pode contribuir para dar sentido ao ser educador. Concordo com Dom Hélder Câmara que, utilizando a espiritualidade cristã e a música popular brasileira, afirmou: "Quando alguém sonha sozinho, não passa de um sonho. Quando sonhamos juntos, é a realidade que começa".

Concordo com Dalai Lama, que diz: "Se o seu coração é aberto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante e não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros. Que o olhar lançado sobre os seus semelhantes seja repleto de ternura. Quanto mais nos importamos com a felicidade dos nossos semelhantes, maior o nosso próprio bem-estar. Ao cultivarmos um sentimento profundo e carinhoso pelos outros, passamos automaticamente para um estado de serenidade. Esta é a principal fonte da felicidade".

Cada vez mais acredito que o desenvolvimento do trabalho pedagógico deve passar pela amorosidade, sinônimo de solidariedade. Ela gera acolhimento e comprometimento. Desenvolve uma postura ética da inclusão e do reconhecimento do outro como sujeito da história. A amorosidade constitui a concretude da mística do ser profissional da educação. É um sonho coletivo porque perpassa cada sujeito que constitui essa teia de relações sociais. Por isso, é realidade.

http://www.clippingexpress.com.br/noticia.php?codigo_noticia=8574073&codigo_empresa=271&codigo_pasta=0&status=intranet

Revista Aprender

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader