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Teste permite detecção precoce de câncer


Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo 16/02/2004

Já a partir deste semestre pacientes brasileiros vão poder se beneficiar de um novo método para identificação precoce de câncer de estômago, o segundo que mais mata no País, ficando atrás apenas do de pulmão. A novidade é resultado do trabalho de pesquisa do Hospital do Câncer, do Instituto Ludwig, com apoio da Fapesp, e é o primeiro desdobramento clínico do Projeto Genoma Câncer. O método permite analisar lesões e detectar as que têm possibilidade de se transformar em uma neoplasia.
Pelo seu valor científico, a técnica mereceu a capa da conceituada revista Cancer Research. "Estamos transformando a informação gerada durante o genoma em conhecimento e aplicações que podem beneficiar os pacientes", afirma Ricardo Brentani, presidente do Hospital do Câncer e diretor do Ludwig. A pesquisa utilizou amostras de tecido de 99 pacientes do hospital e recorreu à técnica de microarrays - lâminas que permitem comparar o DNA - para determinar o perfil molecular dos tumores e tecidos pré-cancerosos.
"O câncer de estômago tem sintomas semelhantes aos da gastrite e às vezes é até assintomático. Por isso, em 95% dos casos a doença é detectada em estágio avançado, quando o tratamento tem de ser mais drástico e as chances de sucesso diminuem", explica André Montagnini, diretor de Cirurgia Abdominal do Hospital do Câncer e um dos autores do estudo.
Risco - Um dos fatores de risco para aparecimento do câncer gástrico é a bactéria Helicobacter pylori, que causa gastrite. Nem todo mundo que tem a bactéria vai ter câncer, mas as chances aumentam muito.
Também estão no grupo de risco os fumantes e as pessoas que consomem alimentos defumados e conservas, ricas em sal. O combate à H. pylori e a boa qualidade dos alimentos fez com que a incidência da doença diminuísse nos países desenvolvidos, inclusive no Japão, onde sua prevalência era altíssima.
Mas isso não ocorre no Brasil, onde surgem cerca de 20 mil novos casos por ano. "A doença tem poucos sintomas ou sintomas para os quais o paciente não dá importância. Ele acaba se autodiagnosticando como portador de gastrite, toma um remédio aqui outro ali, os sintomas desaparecem por algum tempo, mas voltam", alerta o especialista.
A forma mais comum de câncer de estômago, o adenocarcinoma intestinal, segue uma evolução que começa com uma gastrite crônica e se transforma em atrófica, na qual a mucosa estomacal se atrofia. Em seguida ela evolui para a chamada metaplasia intestinal, em que as células do estômago assumem um formato mais alongado, semelhante às das células do intestino - daí o seu nome. Ainda não é o câncer, mas muitas vezes pessoas que apresentam esse quadro desenvolvem o adenocarcinoma intestinal. O desafio dos pesquisadores é determinar quais portadores de metaplasia vão desenvolver o câncer.
"Se pudermos identificá-los, e vamos poder com esse novo método, vai ser possível remover essa lesão antes de ela se tornar cancerosa", explica Luiz Fernando Lima Reis, diretor da Pós-Graduação do Hospital e pesquisador do Ludwig, que chefiou a equipe de cientistas. A diferença, especialmente em termos de qualidade de vida para o paciente, é enorme. Nos casos de câncer de estômago o órgão é removido e uma parte do intestino é adaptada em seu lugar. Mas se a metaplasia que pode evoluir para câncer for detectada precocemente será possível remover apenas a região da lesão.
Leia a matéria na íntegra em:

http://txt.estado.com.br/editorias/2004/02/16/ger008.html

O Estado de São Paulo

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