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O Vestibulinho pode prejudicar as crianças?


Publicado pela Revista Nova Escola Fevereiro/2004

Tudo começou com a reclamação de uma mãe que não conseguia matricular o filho deficiente mental nas escolas particulares de São Paulo. Ela alegava que as provas de seleção para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental, chamadas informalmente de vestibulinho, usavam critérios discriminatórios e arbitrários de avaliação. O protesto chegou ao Ministério Público Federal no Estado de São Paulo e foi encaminhado ao Conselho Nacional de Educação. Depois de estudar o caso, o órgão ampliou a discussão e emitiu um parecer sugerindo ao Ministério da Educação que proibisse de vez esse tipo de teste, evitando assim constrangimentos para todos os estudantes. O ministro prontamente acatou o pedido. Agora, as escolas terão de buscar outras formas para selecionar os futuros alunos. Mas o vestibulinho é realmente prejudicial?

Eugênia Fávero é procuradora da República do Ministério Público Federal em São Paulo - SIM — Não existem crianças melhores nem piores. Os indivíduos têm ritmos de desenvolvimento e de aprendizagem diferentes e essas particularidades devem ser respeitadas pela escola. O vestibulinho, além de não levar isso em consideração, é constrangedor, arbitrário e a sua aplicação traz um estresse desnecessário aos estudantes. Por lei, a escola não pode se dar ao luxo de escolher o perfil dos estudantes que serão matriculados.

Mariângela Rosier é orientadora educacional do Colégio Antônio Vieira, em Salvador - NÃO — Tentamos atenuar ao máximo o impacto emocional que poderia ser causado às crianças. Quem elabora as provas e a sua aplicação sempre tem cuidado em fazer do vestibulinho uma experiência prazerosa para os alunos e também para os pais. Além disso, as escolas têm o direito de conhecer os candidatos a alunos em todo o seu processo cognitivo, afetivo e social. Só assim é possível medir a afinidade deles com os princípios do colégio.

João Luiz Faria é presidente da Associação dos Pais de Alunos do Estado do Rio de Janeiro -TALVEZ — Pensando no dano psicológico que a criança pode sofrer, acho que o critério para seleção deve ser outro. Sorteio ou escolha por ordem de chegada são opções que não levam à discriminação. Acredito que as provas traumatizam os futuros estudantes, principalmente os menores. Por outro lado, a proibição tirou dos pais o direito de incentivar o filho a vencer o grande desafio que é entrar no colégio preferido da família.

http://din.abril.com.br/novaescola/forum/forum_salas.asp?codigo=86

Revista Nova Escola

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