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Quarta-Feira , 15 de Maio de 2024
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A escola do futuro


Publicado pela Revista Superinteressante 03/04

Até mesmo arquitetos visionários e conectados com a tecnologia de ponta acreditam que a escola física vai continuar a existir, independentemente dos avanços da realidade virtual. O professor e diretor do Laboratório de Imagens da Escola de Arquitetura do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, nos Estados Unidos, Glenn Goldman, diz que a motivação para mandar jovens para escolas e universidades é dar a eles uma chance para que amadureçam e se desenvolvam na sociedade. “Fazer parte de uma comunidade e participar de discussões face-a-face são atividades importantes para que a educação realmente aconteça. Ambientes virtuais podem proporcionar treinamento, mas as relações físicas com seres humanos, espaço e tempo é que trazem conhecimento”, diz o professor.

Ou seja, educação à distância, ok. Computadores em casa, ok. Mas esquecer que aprendizado é algo que acontece nas interações diretas entre seres humanos, não.

A arquiteta paulista Ana Beatriz Goulart de Faria tem dedicado sua carreira a projetos voltados à educação e desenvolve pesquisa sobre como a criança constrói a imagem de cidade na escola. Segundo ela, a criança do futuro não vai procurar ambientes ultratecnológicos, porque isso ela já terá nos computadores em sua casa. A busca será por espaços onde possa brincar, pensar, criar e trocar idéias. Por que a internet parece ser mais interessante que a sala de aula? “Porque esse é um espaço colorido, dinâmico. A imersão nos ambientes virtuais permite o que não se consegue experimentar na escola: escolher seus próprios caminhos, ver outras paisagens, interagir com o espaço”, diz. Por isso mesmo, as construções do futuro terão de se preocupar muito mais com aquilo que computadores e novas tecnologias não podem oferecer. A conjugação entre a escola física, real, e os ambientes virtuais deverá formar a base de qualquer projeto de educação para o futuro.

O vice-presidente da União Internacional de Arquitetos para as Américas e professor da Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Miguel Pereira, afirma que a arquitetura tem o compromisso de educar. “A organização dos espaços e de suas funções ensina o homem a entender o meio em que vive e a reorganizá-lo”, diz. A integração entre arquitetura, novas tecnologias e uma educação escolar preparada para o futuro é – para ele – um desafio ainda sem respostas. “Hoje, pode-se criar e construir tudo de todas as formas”, diz. Mas o professor afirma que a arquitetura high tech parece cada vez mais dura e talvez não seja a solução para as escolas do futuro. “Se os arquitetos desenharem o mundo com um aspecto de máquina, estarão oferecendo para o homem a monotonia e a solidão. Fazer isso é desqualificar a humanidade.” Ele acredita que para educar um homem preparado para o futuro é preciso estimular a criatividade, o conhecimento e, para que a mente seja estimulada, os espaços têm de ser humanizados.

Leia a matéria na íntegra em:

http://super.abril.uol.com.br/aberta/especiais/educacao_digital/reportagens/4.html

Revista Superinteressante

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