USP cria clínica especializada em menopausa |
|
|
Publicado pelo jornal Diário de S.Paulo 10/03/2004 |
O atendimento médico de mulheres na menopausa vai ganhar um reforço em abril, quando entrará em funcionamento a Casa do Climatério. O serviço, criado por um grupo de especialistas em parceria com a Fundação Zerbini, que faz investimentos no Instituto do Coração (Incor), vai oferecer tratamento gratuito para pacientes acima de 35 anos que apresentam os sintomas do climatério, fase na qual a mulher começa a perder a fertilidade.
Idealizado pelo ginecologista José Mendes Aldrighi, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), o ambulatório deve diminuir a lista de espera nos principais serviços da categoria da cidade. No Hospital das Clínicas, por exemplo, uma consulta pode demorar quatro meses. Já no Hospital São Paulo, a fila leva até um ano.
“A capacidade inicial de atendimento da Casa do Climatério será de 48 pacientes por dia. Além de médicos, contaremos com o auxílio de psicólogos, dentistas, nutricionistas e assistentes sociais”, diz o ginecologista Bernardo Moscovitz, coordenador do serviço. O ambulatório atenderá pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por convênios e particulares. “Além de assistência à comunidade, a casa também funcionará como centro de pesquisas e ensino”, acrescenta.
Localizado próximo ao Hospital das Clínicas, o ambulatório, que funcionará das 8h às 16h, foi montado em um sobrado com quatro consultórios. A compra do imóvel e dos equipamentos, que teve um custo de R$ 260 mil, foi feita com o auxílio de laboratórios.
A maioria dos exames, no entanto, será feita em laboratórios e hospitais parceiros. Os convênios ainda estão sendo fechados. “Na casa só temos condições de colher o papanicolau e fazer a colposcopia. Mas existe uma rede que realizará os outros exames como mamografia, ultra-sonografia, densitometria óssea e testes laboratoriais”, conta Moscovitz.
Procura direta
Se a paciente precisar de cirurgia, o caso será conduzido para hospitais como o Pérola Byington. “Tenho certeza de que a paciente vai gostar do trabalho. Queremos que esta mulher tenha um envelhecimento saudável”, comenta o ginecologista, lembrando que a mulher poderá procurar diretamente o serviço, sem a necessidade de encaminhamento de um posto de saúde da Capital.
O climatério é uma das fases mais complicadas da vida da mulher. Além de causar uma série de sintomas desagradáveis (veja quadro), a queda na produção hormonal tira a qualidade de vida e aumenta casos de osteoporose, doenças cardiovasculares e depressão. Os Estados Unidos gastam anualmente US$ 125 bilhões no tratamento do infarto.
A Casa do Climatério será uma extensão dos serviços que antes eram oferecidos no Centro de Saúde - Escola “Geraldo de Paula Souza” da Faculdade de Saúde Pública, da USP.
http://www.diariosp.com.br/saude/default.asp?editoria=45&id=298685
Diário de São Paulo
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|