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MEC busca maior conhecimento sobre negros


Publicado pelo site da Folha Online 21/03/2004

O Ministério da Educação (MEC) quer conhecer melhor a realidade dos estudantes negros no Brasil. Até mesmo o número de negros nas escolas é pouco conhecido nas estatísticas oficiais.

A inclusão do quesito cor no questionário do Censo Escolar deste ano será uma das principais medidas. O levantamento, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), envolve todas as escolas de educação básica das redes pública e privada.

Para aumentar o conhecimento sobre o assunto, o ministério vai fazer parceria com pesquisadores, militantes do movimento negro e instituições do governo ligadas aos direitos humanos.

"As informações passarão a ser subsídios de melhor qualidade para as políticas públicas, como a adoção de sistemas de cotas", diz a diretora de estatísticas da educação básica do Inep, Dirce Gomes. Segundo ela, a idéia é que a pesquisa sobre cor não fique restrita ao Censo Escolar, mas integre todos os sistemas de registro do país.

Até agora, o MEC usa o programa Brasil Alfabetizado para saber sobre a situação dos negros. As informações também são levantadas nas escolas por algumas secretarias municipais e estaduais de Educação, mas em grande parte dos estabelecimentos de ensino não existem esses dados.

Os critérios de declaração deverão seguir os padrões adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utiliza quatro faixas: branca, parda, negra, indígena e amarela.

A coordenadora da organização não-governamental Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade, Maria Aparecida Silva Bento, considera que a ausência da coleta de cor confere neutralidade aos dados, como se todos os brasileiros experimentassem da mesma forma a educação, saúde, trabalho e direitos de cidadania. "Se a cor aparece como dado, há uma súbita revelação de quão diferentes são as trajetórias de cada grupo", explica.

A professora Marilândia Frazão, militante do movimento negro, vê como um avanço político a inclusão do quesito cor no censo. "Para traçar políticas públicas que promovam a igualdade, é preciso saber onde os estudantes negros estão."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15237.shtml

Folha Online

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