Alunos de públicas vão melhor na universidade |
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Publicado pelo site da Folha Online 28/03/2004 |
Pesquisas feitas por duas das principais universidades do Brasil, a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15269.shtml, mostram que os alunos que fizeram o ensino médio na rede pública tendem a ter um desempenho melhor durante o ensino superior.
Na UnB, os estudantes que participam de algum tipo de programa de auxílio em 56 cursos têm rendimento melhor em 55 --apenas em educação artística o fato não ocorreu. Por volta de 2.500 alunos recebem auxílio, o que equivale a cerca de 10% do total. Os dados referem-se ao primeiro semestre de 2003.
Segundo a responsável pela Diretoria de Desenvolvimento Social da universidade, Maria do Socorro Gomes Mendes, quase a totalidade dos estudantes beneficiados provém da rede pública (da particular, há apenas alguns que ganharam bolsa). "Todos são de baixa renda. Com a ajuda, tentamos diminuir a evasão e a reprovação dos alunos", disse a diretora.
"Podemos dizer que um aluno de baixa renda valoriza mais a vaga. Ele sabe sabe que é uma das poucas oportunidades de ascensão", apontou. Para ter direito aos programas, são analisados fatores como renda familiar e escolaridade dos pais.
O desempenho dos alunos é medido por meio do Índice de Rendimento Acadêmico (IRA), que leva em conta notas, número de aprovações, reprovações e trancamento de matérias optativas e obrigatórias. Os estudantes de baixa renda ganham desconto no restaurante da universidade, auxílio-moradia ou ajuda de custo, caso trabalhem para a universidade.
Suporte
Os levantamentos vão ao encontro das idéias do ministro da Educação Tarso Genro, que defende reserva de vagas para alunos menos favorecidos, como os de baixa renda, negros e índios.
Uma proposta que determina a reserva de vagas nas universidades federais para os alunos provenientes de escolas públicas foi aprovada pelo Senado no mês passado. O texto ainda será analisado pela Câmara dos Deputados. (veja matéria em http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15052.shtml)
Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estuda reservar cerca de 20% das vagas para os alunos da rede pública que não conseguirem ser aprovados pelo vestibular.
A Universidade de Brasília também introduziu uma política de cotas --diferentemente da UFRJ, a instituição reserva vagas para negros, assim como faz a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15231.shtml). Os índios também têm privilégios na UnB (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15183.shtml).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u15270.shtml
Folha Online
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