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Desinformação atrapalha cautela de HIV em bebês


Publicado pelo site Aprendiz 30/03/2004

Riscos de transmissão de Aids em bebês poderiam ser diminuídos em 2% ao ano (o equivalente a 23 casos). Bastaria que políticas de prevenção fossem aplicadas com maior regularidade e por profissionais bem preparados. A conclusão está na dissertação de mestrado: "Práticas de saúde para a redução da transmissão vertical do HIV em unidades de atenção básica: realidade e determinantes", apresentada por Regiane Nunes na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo o estudo, 86% das crianças de zero a 13 anos notificadas com Aids, na cidade de São Paulo, têm como causa da doença a transmissão vertical que pode ocorrer em três fases: durante a gestação, pela placenta; no contato do bebê, com o sangue da mãe contaminada no momento do parto, ou ainda por intermédio do aleitamento materno.

Para realizar o estudo, a enfermeira visitou sete unidades básicas de saúde de São Paulo, onde entrevistou 79 gestantes e profissionais dos serviços de pré-natal. Seu trabalho defende o constante treinamento dos médicos e enfermeiros, e também a necessidade da presença de uma equipe multiprofissional, formada por ginecologistas, psicólogos, pediatras e enfermeiros.

"Além de passar pelo ginecologista, a gestante deveria ser esclarecida da importância da realização de testes do vírus HIV e, em seguida, orientada pelos demais profissionais para lidar não só com o risco da doença em seu organismo, mas com a existência de medidas que diminuam a possibilidade de seus filhos também nascerem com ela", ressalta.

O estudo indica que os profissionais de saúde apresentam uma insegurança no trato de questões ligadas à DST/Aids e sua relação com a gravidez. "O que está em jogo não é a competência do profissional, mas a falta de recursos e capacitação freqüente. Muitos casos poderiam ser evitados se tanto o médico quanto a paciente obtivessem as informações necessárias", salienta a pesquisadora.

Segundo ela, a informação diminui a vulnerabilidade de qualquer paciente. "Nesse caso, a mãe que sabe que possui o vírus e recebe um tratamento adequado consegue diminuir a quantidade de vírus em seu organismo, tornando menor a chance do bebê ser contaminado", explica. "A mãe soropositiva não pode, por exemplo, amamentar o bebê. Sabendo disso, ela recebe das prefeituras o leite artificial gratuitamente e poderá mandar o leite materno para bancos de sangue, onde serão desinfectados".

Ao procurar orientação para o pré-natal, a gestante, muitas vezes, é indicada para o teste de HIV sem saber para quê se destina o exame. "Não há um esclarecimento para a voluntariedade do teste e, quando é realizado, o resultado pode demorar até cinco meses para ser entregue, impossibilitando um tratamento mais eficiente", declara a pesquisadora.

Entre as mulheres que fizeram o exame, somente 13% receberam o resultado em até um mês após a coleta. Quanto mais cedo for detectada a presença do HIV, mais rápido será seu combate com anti-retrovirais, medicamentos específicos usados na doença. O tratamento inicia-se a partir da 14ª semana de gestação, fazendo com que a criança tenha menos de 2% de chances de ser soropositiva.

"Entre 2001 e 2002, com a retomada do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de São Paulo, os casos de crianças infectadas caíram de 75 para 43 casos. Isso apenas confirma que devemos continuar nossos esforços para termos uma saúde cada vez mais digna e de qualidade", conclui.

http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/academia/id300304.shtml

Site Aprendiz

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