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Livro infanto - juvenil tem um ano especial


Artigo de Luiz Fernando Vieira na Revista Aprender 02/04/2004

No dia de hoje, há mais de 200 anos, nascia aquele que é considerado o pai do conto infantil, Hans Christian Andersen. Não foi por menos que a data é tida como Dia Internacional da Literatura Infantil. Este ano, mais do que em 2003 e, muito provavelmente, menos do que em 2005, a celebração tem sabor especial. Esse gênero literário vem crescendo a olhos vistos no país, com um número cada vez maior de escritores se engajando e uma infinidade de títulos chegando às lojas. Coleções inteiras e até selos estão sendo criados para esse público.
Um avanço significativo para um país onde a literatura infantil ganhou impulso realmente há cerca de dois séculos. Ela chegou ao país com dois séculos de atraso em relação a Europa, por exemplo, onde surgiu graças a professores e pedagogos interessados em criar ferramentas que tivessem uma função utilitário-pedagógica. Os livros infantis tinham o objetivo de ensinar valores, ajudar a enfrentar a realidade social e promover a adoção de hábitos considerados ideais. Ainda existem publicações que têm somente esses objetivos na produção infantil contemporânea, mas elas não são a maioria. A visão em relação a produção voltada ao público infantil, que inclusive já foi considerada literatura menor, mudou bastante.
Carlos Jansen e Alberto Figueiredo Pimentel são considerados os primeiros brasileiros a se preocuparem com a literatura infantil no país. No entanto, só traduziam os chamados "clássicos" estrangeiros. Foi Thales de Andrade, em 1917, que deu o pontapé inicial na literatura infantil brazuca. Logo em seguida, em 1921, o grande Monteiro Lobato estreou com Narizinho Arrebitado. Ele pode ser considerado o maior escritor infanto-juvenil do país e sua produção ainda hoje é consumida e inspira muita gente.
A produção brasileira nessa área não se desenvolveu muito nas décadas seguintes. Somente a partir dos anos 70, com a chegada de grandes editoras, é que as edições passaram a sair em escala industrial. Mesmo assim, os lançamentos eram esporádicos, constituindo-se basicamente de traduções de clássicos e de algumas coleções estrangeiras de grande apelo comercial.
Desde então, por obra de escritores engajados no desenvolvimento de novas formas de ver a literatura, ela começou a ganhar cada vez mais espaço e a encarar seus pequenos leitores com mais propriedade. Ana Maria Machado, que agora é membro da Academia Brasileira de Letras, por exemplo, confessa que não tem intenção didática e nem quer transmitir nenhuma mensagem. Para ela, a função da obra literária é criar um momento de beleza através da palavra. Também não acha que a linguagem deva ser simplificada. "Em meus livros não há condescendência, tatibitate nem barateamento da linguagem", diz.
O mesmo vem acontecendo com os temas. A editora Cortez, conhecida por editar obras nas áreas de ciências sociais e educação, vem se diferenciando na literatura infanto-juvenil com o lançamento de vários títulos com assuntos pouco comuns na literatura infanto-juvenil, como consumismo, inclusão social e diversidade, sexual ou racial. E sempre priorizando autores nacionais. A coleção está sendo considerada até certo ponto polêmica.
O melhor termômetro do crescimento do setor pode ser considerada a Bienal do Livro de São Paulo, que chega à sua 18ª edição com uma lista quilométrica de livros de literatura infanto-juvenil. O evento, que acontece de 15 a 25 de abril, prepara diversas atividades voltadas para o público infantil em um espaço de aproximadamente 243 metros quadrados.
Leia o artigo na íntegra em:

http://www.clippingexpress.com.br/noticia.php?codigo_noticia=9593750&codigo_empresa=271&codigo_pasta=0&status=intranet

Revista Aprender

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