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Um novo olhar para os jovens


Publicado na Revista do Terceiro Setor 12/04/2004

Criatividade e a consciência crítica: estas são palavras-chave para a Associação Novolhar – uma ONG de São Paulo que tem como missão despertar estas qualidades nos jovens de baixa renda, ao mesmo tempo estimulando a sua participação na sociedade. A Novolhar capacita jovens de 14 a 21 anos, em situação de risco, por meio de cursos de áudio (rádio e DJ) e vídeo (documentário, clipes e programas de televisão), garantindo ferramentas para a conquista do seu espaço no mercado de trabalho. Nos cursos (gratuitos) são ministradas aulas teóricas e práticas de produção de programas de TV por um período de seis meses a um ano, ao fim dos qual os jovens desenvolvem o Programa Novolhar, que vai ao ar pelo Canal Universitário da TV PUC.
Tudo começou em 1998, quando o produtor de vídeo Paulo Santiago, fundador e coordenador da Novolhar, realizou uma oficina para jovens do Projeto Quixote. A experiência deu tão certo que alguns alunos começaram a estagiar em uma produtora. "Ficamos impressionados como os jovens não faltavam e tinham um grande interesse em aprender", diz Paulo. A partir daí o projeto começou a crescer e em abril de 1999 surgiu o Programa Novo Olhar.
O programa televisivo, mensal, com duração de 30 minutos, possibilita aos jovens que participam dos cursos a aplicação prática do seu aprendizado. Como apresentadores, cinegrafistas, assistentes, repórteres e pauteiros – monitorados pelos profissionais da Novolhar –, eles próprios definem o produto final do programa, exibindo o ponto de vista de quem já viveu nas ruas e na periferia da Grande São Paulo, agora por trás das câmeras. As reportagens abordam temas do cotidiano dos jovens – de histórias reais a shows de música. "Nossa interferência na realização do programa é miníma", comenta Paulo.
Com a repercussão obtida pelo programa, a ONG passou a realizar novas parcerias. Em 2000, com apoio da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo, a Novolhar começou a fazer oficinas de vídeo e de produção musical em unidades da Febem. Quando os jovens saíam, eram convidados a realizar outros cursos na Novolhar. A iniciativa se expandiu e hoje 480 reeducandos são atendidos por ano em quatro unidades da Febem, onde também produzem videojornais.
"Fiz a oficina de cinegrafista na Febem de Franco da Rocha e, quando saí, fui convidado para fazer outros cursos", relata Alexandre da Silva Moreira, de 20 anos, que trabalhou como cinegrafista e assistente de câmera no Museu da Pessoa e hoje é free-lancer. "A oportunidade apareceu e eu agarrei.Hoje, tudo o que eu quero ser é cinegrafista".
Outro projeto desenvolvido foi a Novolhar Comunica, produtora de vídeo e áudio que atende prioritariamente o mercado de ONGs atuantes no país e as empresas privadas em seus projetos específicos de responsabilidade social. Misturando profissionais e alunos, a produtora realiza programas de televisão, documentários, vídeos educativos e institucionais para ONGs como a Fundação Travessia, empresas como Caixa Econômica Federal e Computer Associates.
A escolha da linguagem audiovisual como instrumento para estimular a cidadania não foi aleatória. Para Paulo Santiago, "o vídeo se apropria de várias linguagens, o que favorece a compreensão de diversos discursos". Assim o projeto dá oportunidade para que os jovens desenvolvam discursos que são próprios deles. Outro aspecto importante é a inserção no mercado de trabalho que os cursos possibilitam – já que os profissionais do setor de audiovisual geralmente não precisam ter formação superior.
Além do programa, a organização conta com os projetos Novolhar sobre o Bexiga, que atende 50 crianças e 50 adolescentes; Nova União da Arte (NUA), em São Miguel Paulista, atendendo 125 crianças e adolescentes com oficinas de cidadania, cursos de artes, capoeira e desenho; e um abrigo com 20 crianças e adolescentes.

http://arruda.rits.org.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeSecao?codigoDaSecao=5&dataDoJornal=atual

Revista do Terceiro Setor

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