Uso integral da TV é desafio para professores |
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Publicado pelo site Aprendiz 13/04/2004 |
Não é necessário falar que vivemos em uma sociedade midiática e que grande parte dos alunos aprende por meio de uma cultura de factóides. Da mesma forma, é desnecessário lembrar que as escolas se fecharam ao uso da mídia como ferramenta complementar de aprendizado, tal como os pais estão longe de ajudar seus filhos a desenvolverem uma visão crítica ao que vêem na TV, na imprensa escrita ou mesmo na Internet.
No entanto, por sua capacidade de alcance na população brasileira, a TV deve ser obrigatoriamente percebida como instrumento de formação. Afinal, em um país em que mais de 89% dos lares possuem um aparelho televisivo, os quais crianças e adolescentes assistem cerca de três horas e meia diariamente, formação é a palavra chave para começar a discussão.
Não faltam especialistas, iniciativas governamentais, http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id130404a.shtml, e organizações com projetos alternativos para o uso educacional da televisão e sua programação. Porém, o primeiro obstáculo é o conhecimento do educador: http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id130404b.shtml. "Só há cinco anos as escolas começaram a descobrir que muita educação se faz fora da escola", afirma o professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, Ismar de Oliveira Soares. E não se trata apenas de instituições de ensino infantil, fundamental e médio, o superior ainda tem dificuldades de formação do profissional de educação.
Some-se a isso a qualidade discutível da programação brasileira: http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id160304_02.shtml. Há quase dois anos, a sociedade decidiu exigir com mais força uma melhora dos conteúdos veiculados na TV brasileira e o resultado foi o lançamento da campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania", que recebe denúncias dos telespectadores sobre os abusos na televisão e intercede junto aos patrocinadores para que sequem a fonte de financiamento dos programas apelativos. Todas as emissoras de TV comercial foram citadas por veicular baixarias nas sistematizações. Não escapou ninguém!
Outro fator importante para entender a deficiência da mídia como instrumento de ensino é a omissão dos pais: http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id130404c.shtml. Em grande parte, a preocupação deles sobre o que o filho está assimilando em diferentes meios de comunicação cabe a escola resolver.
Sendo assim, a dissociação da crítica televisiva do mundo infanto-juvenil - exceto os programas elaborados pelas emissoras públicas, oficialmente encarregadas para esse trabalho - torna-se crescente, constante e silenciosa.
O fato pode ter ainda consequências maiores, como as apontados pelo estudo realizado pela Universidade de Washington , em Seattle: a televisão pode afetar a capacidade de atenção de crianças: http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id130404d.shtml. De acordo com os pesquisadores, assistir TV antes dos 3 anos de idade aumenta as chances das crianças desenvolverem problemas de atenção e concentração aos 7 anos de idade.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/midia/id130404.shtml
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