Publicado pelo site da AOL 13/04/2004

Quem já não ouviu a história dos Três Porquinhos? Aquela das casinhas de palha e de madeira que o lobo mau sopra até cair. E a de tijolo, que ele nunca consegue derrubar. Quem escutou quando era criança, sabe que a história sempre termina com o clássico conselho: temos de construir as coisas com dedicação. "Senão o lobo mau destrói", diz o ensinamento popular.
Desde os tempos antigos, as histórias infantis são usadas por pais, avós e professores para passar lições às crianças de uma forma lúdica. Era uma forma de se aproximar do universo delas para ensinar conceitos do "mundo adulto".
Pois agora, o velho hábito de contar histórias se tornou um moderno instrumento pedagógico nas escolas infantis. Cada vez mais, educadores e especialistas procuram aperfeiçoar as técnicas que antes usavam apenas intuitivamente.
"Os bons professores sempre contaram histórias, mas, só agora, que a concepção de alfabetização se tornou mais ampla e leva em conta o aprendizado da linguagem mesmo antes de aprender a ler", diz a educadora Ana Júlia Fagá de Almeida, a Julita, que dá um curso para educadores sobre a arte de contar histórias no Senac de São Paulo.
No curso, Julita tenta desenvolver a competência natural do professor de contar histórias. E também dá dicas de técnicas vocais, de contato visual, de ritmo e emoção. As educadoras também aprendem a confeccionar materiais de apoio: máscaras, fantasias, fantoches. Tudo para atrair a atenção dos pequenos.
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