Sem atualização não há tecnologia na escola |
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Publicado pelo site Aprendiz 14/04/2004 |
Se os professores não se atualizarem sobre os recursos disponíveis em novas tecnologias, os projetos que utilizam informática nas salas de aula irão naufragar. Esse foi o consenso entre os palestrantes do primeiro debate promovido pelo I Fórum NetEducação - O Uso da Tecnologia na Educação, realizado no dia 14 de abril, em São Paulo.
Convidada ao evento, a jornalista Âmbar de Barros, coordenadora da Unesco em São Paulo, deixou claro que os professores devem estar devidamente apoiados por escolas, governos, empresas, ONGs, entre outros, para desenvolver experiências com o uso da informática na escola. "O papel do educador, em uma sociedade de informação, ganha mais importância. Cabe a ele dar significado a esse mar de informação. Mas ele precisa de apoio para vencer a resistência de usar as novas tecnologias", argumentou.
Com 98% das crianças matriculadas em escolas o principal desafio, na opinião de Âmbar, é a qualidade do que se oferece. "Nós não conseguimos ensinar nem os antigos códigos para os estudantes. Temos que nos perguntar quem são esses seres que queremos formar. E precisamos de todos os instrumentos possíveis para vencer esse desafio", disse a jornalista.
Fazendo coro à jornalista, a pedagoga Natalia de Lima Bueno, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), acredita ainda que acusar o professor pela não implantação de projetos educativos atrelados ao uso do computados é um erro. Segundo ela, a grande ênfase que sempre se deu aos professores foi de uma formação técnica, que excluía das discussões a apropriação de novos recursos à sala de aula.
Essa formação perdurou, de acordo com pesquisas da pedagoga, até a década de 80, quando finalmente começou a se pensar na introdução desses novos recursos como instrumentos de educação. "Essa discussão ainda era bastante incipiente. Estamos engatinhando nessas questões e os professores, por sua própria formação, estão despreparados para isso", afirmou Natalia.
Somado a isso, o secretário de educação a distância do Ministério da Educação, Marcos Dantas, acrescentou a pouca prioridade que sempre foi dada à educação no Brasil e uma despreocupação social. Criticando as greves realizadas pelos professores da rede pública, o secretário defendeu que essa preocupação de que a escola funcione plenamente tem que ser de toda a sociedade.
"Formação, educação continuada, Internet nas escolas, sociedade do conhecimentos. Tudo isso torna-se discurso vazio não se dermos importância aos investimentos educacionais. Isso não é trabalho apenas dos professores", concluiu.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/congressos/id140404_00.shml
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