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Vem aí o homem-borracha


Publicado pelo site No Mínimo 16/04/2004

Acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dentro de um mês estará na praça o primeiro de uma série de produtos baseados num fantástico polímero vegetal que fará a felicidade de diabéticos, queimados, cardíacos e donos de tímpanos ou esôfagos estourados. Uma invenção brasileira fadada a revolucionar a medicina. Em Terenos, perto de Campo Grande (MS), cinqüenta empregados da Pelenova Biotecnologia – quase todos com curso superior – só aguardavam o OK da Anvisa para dar a largada na fábrica-piloto do polímero capaz de regenerar e até substituir, com vantagens, alguns tecidos e tubos do corpo humano. Esse primeiro produto do polímero, uma película, é um supercurativo cicatrizante batizado Biocure.

Logo de cara a membrana vai melhorar a vida de diabéticos. Aplicada como pele sobre feridas, provoca intensa vascularização (angiogênese) que irriga e regenera as células. Fecha, em dias, chagas de décadas. Nem cicatriz fica. O mesmo efeito tem curado os pacientes dos otorrinos Miguel Hyppólito e José Antônio de Oliveira, das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Eles foram premiados no Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia de 1998, em Porto Alegre, com o relato de apenas dezenove cirurgias no prontuário. Hoje, virou rotina deles.

“Antes, para evitar rejeição na reconstrução timpânica (miringoplastia), usávamos cartilagens, a fáscia do músculo temporal, o pericôndrio do tragus (membrana que envolve a cartilagem da saliência do ouvido externo), dura-máter (a externa, e mais espessa e fibrosa, das três membranas que envolvem o cérebro ou a medula espinhal) ou tecido placentário do próprio paciente”, costuma lembrar o doutor Oliveira. Sem saudades, pois amargavam 30% de fracassos imediatos e outros 19% na convalescença – o tímpano furava de novo por falta de irrigação. A película vegetal mudou tudo. “Não é rejeitada, vasculariza a área, combate a inflamação e estimula o crescimento organizado dos tecidos do tímpano remanescente.” Dá 100% de pega de enxerto e zero de furo novo.

O polímero também se mostra ideal na recuperação de esôfagos e até na substituição de artérias. Além de dispensar a doída retirada de veias safenas ou mamárias para pontes cardíacas, a artéria feita com ele é muito mais flexível do que as da própria pessoa e agüenta a mesma pressão com parede 80% mais fina – um quinto da espessura. Permite ao médico escolher o calibre desejado e não sofre rejeição – ao contrário, combate infecções e apressa a cicatrização.

Não bastasse ser milagrosa, a membrana tem padroeiro forte: o coronel aviador Osires Silva, que criou em 1969 a maior exportadora do Brasil atual, a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Engenheiro-aeronáutico nascido em Bauru, em 1930, Osires acumula, no currículo, títulos de ministro da Infra-estrutura e de presidente tanto de empresas da importância de uma Petrobrás, Varig ou Embraer, quanto de conselhos de órgãos científicos como a Sociedade Brasileira de Metrologia. Ou seja: esse antigo piloto dos hidroaviões Catalina do Correio Aéreo Nacional não embarca de enfeite. Só de piloto. E para valer.

O látex milagroso

Osires e um sócio, Ubilar de Oliveira, investiram R$ 5 milhões na fábrica-piloto, em Terenos, e em um mês sua Pelenova Biotecnologia começa a entrega diária de 26 mil quadradinhos de oito centímetros da biomembrana, “exclusivamente para uso externo”. Outras novidades estão a caminho: “Enquanto testamos o mercado, o doutor Coutinho conclui os testes de um novo produto, poroso como pele de verdade, para permitir a exudação de líquidos e servir, também, para queimados”, diz Osires. “Só mais tarde entraremos com processo na Anvisa para fabricarmos artérias, esôfagos e demais tubos internos do organismo humano.”

Leia a íntegra em:

http://nominimo.ibest.com.br/notitia2/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=54&textCode=11305&date=currentDate

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