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As conquistas da Educação Indígena


Publicado pelo site da SEE/SP 16/04/2004

Em agosto de 2002, a índia Catarina Delfina dos Santos - ou, em tupi-guarani, Kunhã Nimbopyruá - iniciava em Guarujá um curso especial de formação de professores índios, promovido pela Secretaria Estadual da Educação, com o objetivo de preservar o caráter intercultural das aldeias.
Formada em outubro de 2003 em magistério nível médio com mais sessenta professores índios, hoje, Catarina leciona para 38 crianças do Ciclo I (1ª a 4ª série) na Escola Estadual Indígena Tupi Guarani Ywy Pyaú, localizada em Peruíbe, no litoral sul. Em funcionamento desde 2002, as aulas anteriormente eram ministradas por professores brancos.
Perto de comemorar o seu dia, a índia, que domina o tupi-guarani e a língua portuguesa, luta para perpetuar a língua materna, os costumes e as tradições de sua tribo, apesar da aculturação ser inevitável.
Catarina considera importante o acesso do índio às novas tecnologias, mas, por outro lado, acredita que o sentido da criação da escola na comunidade indígena é preservar suas características. “Eu sempre digo aos pais que a escola indígena tem que mostrar a diferença em relação às demais localizadas na cidade, pois foi com esse intuito que ela foi criada”, ressalta.
A professora diz que das 30 famílias que compõem a aldeia, cerca de 10 falam fluentemente o tupi guarani. Para incentivar o uso da língua materna, ela trabalha com música, dança e teatro, atividades que atraem os alunos por abordarem as próprias tradições, crenças e rituais indígenas.
Visita especial
Os alunos da escola indígena têm recebido constantes visitas de estudantes das redes municipal, estadual e particular de ensino da região.
Na última segunda-feira (12), as crianças conhecidas também como mitangué na língua materna, receberam uma visita especial de 8 alunos da 5ª série da EE Francisco Pereira da Rocha, de Peruíbe, que, além de conhecer, foram fotografar as peculiaridades da aldeia Piaçaguera, habitada pelas etnias tupi guarani e guarani.
O resultado desse registro fará parte da exposição “Olhares”, que será realizada no próximo dia 21 (quarta-feira), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em comemoração ao Dia do Índio, celebrado no dia 19.
A aluna Yohana Abou Jaoude, de 11 anos, disse que não encontrou muitas diferenças entre os brancos e os índios. “Eles têm uma professora, livros, escola, assim como nós, só a cultura é diferente”, avalia.
A oportunidade do acesso a cultura indígena também encantou o estudante Gullit Davison Alves, 10 anos. Ele adorou a experiência de fotografar os índios. “Gostei de presenciar a aula em tupi guarani”, comentou.
No início da sessão de fotos, as crianças indígenas pareciam inibidas e desconfiadas com tantos flashes. Já no final, curiosos com tanta movimentação, queriam também aprender a fotografar.

http://www.educacao.sp.gov.br/noticias_2004/2004_04_16_c.asp

Secretaria de Estado da Educação

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