Grito das diretas ajudou a derrubar ditadura |
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Publicado pelo site da AOL 26/04/2004 |
O Brasil viveu há 20 anos momentos extremos: nas ruas e praças, milhares de pessoas realizaram os maiores comícios que o país já viu, em um clima de euforia política; no Congresso, os deputados frustraram a vontade popular.
Neste domingo, mais precisamente na madrugada de segunda-feira, completam-se 20 anos da derrota formal da campanha que buscava restaurar as eleições diretas para a Presidência, a Diretas Já. Faltaram 22 votos para a Câmara aprovar a proposta de emenda constitucional do então deputado pelo PMDB Dante de Oliveira.
"Eu senti uma grande pena (...) senti uma enorme tristeza porque não tínhamos correspondido aos anseios da população'', disse à Reuters o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), na época deputado federal. Mas se a eleição indireta ganhou sobrevida, o governo perdeu o controle da sucessão do então presidente, general João Figueiredo, e, com isso, a sobrevivência do regime militar."
Com a Diretas Já veio um processo social, um processo político no qual a população atropelou o projeto dos militares'', disse à Reuters o hoje tucano Dante de Oliveira, ex-governador de Mato Grosso. ``Essa foi uma das poucas vezes em que o povo brasileiro foi agente de um processo (...) o povo atropelou todas as lideranças, superou nossas expectativas.''
Dante de Oliveira apresentou a proposta de emenda constitucional restabelecendo as eleições diretas para presidente da República em março de 1983. A última eleição direta havia ocorrido em 1960. Quando os militares assumiram o poder em 1964, o presidente passou a ser escolhido pelo Congresso, num primeiro momento, e pelo Colégio Eleitoral, alguns anos depois.
http://noticias.aol.com.br/brasil/fornecedores/rts/2004/04/25/0001.adp
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