Crianças: filmes devem tratar de problemas sociais |
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Publicado pelo site da Agência Repórter Social 22/04/2004 |
Produzir de olho na recuperação dos valores e investir na tutela do que vai ao ar. Esses foram os principais temas do debate da quinta-feira sobre "Educação, cultura e diversão na produção mediática" na 4º Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e adolescentes, no Rio de Janeiro. "Infelizmente a gente ao selecionar qualidade de mídia não pode excluir o mundo que estamos vivendo, que é péssimo, principalmente para as crianças, mas é a realidade", constatou a atriz e cineasta Carla Camurati, ao falar sobre a produção de filmes para crianças. Ela disse que é preciso falar dos problemas sociais abertamente.
Para Carla Camurati, é preciso não apenas que a mídia e a arte cheguem à escola, mas permitir que as crianças e adolescentes tenham o direito e a vontade de entrar em um cinema ou ler um jornal. "O que precisamos fazer é juntar as crianças não porque vêem o mesmo programa na TV, mas porque têm os mesmos interesses. A escola está fragilizada, os professores estão fragilizados, por isso a sociedade está
frágil. É resultado de uma atitude de não olhar os problemas sociais e não tentar recuperar valores", lamentou a cineasta.
O professor da USP Laurindo Leal Filho criticou os programas de TV que exibem crianças em situações psicologicamente difíceis e ressaltou a responsabilidade das empresas de televisão no Brasil. "A insistência sobre o controle dos pais
sobre o que se vê na TV é uma panacéia para tirar dos produtores e concessionárias de TV a responsabilidade sobre o que está sendo colocado no ar", atacou o professor.
http://www.reportersocial.com.br/noticias.asp?id=480
Agência Repórter Social
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