> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Prevenção da osteoporose começa na infância


Publicado pelo site da USP 10/05/2004

Associada geralmente à terceira idade, a osteoporose é uma doença que pode se manifestar já na infância e cuja prevenção deve ser feita nos primeiros anos de vida.

“Adquirimos o pico de massa óssea por volta dos 20 anos de idade. O problema acontece quando esse pico não é atingido”, diz a professora Rosa Maria Rodrigues Pereira, coordenadora do Laboratório de Metabolismo Ósseo da Faculdade de Medicina da USP. Uma dieta que tenha boa quantidade de cálcio – presente em alimentos como leite e derivados, peixes e verduras, por exemplo –, a prática de atividades físicas e a exposição ao sol, fonte de vitamina D, são fatores fundamentais para que crianças e adolescentes desenvolvam a melhor qualidade possível de massa óssea nessa etapa da vida. Essas medidas podem ajudar decisivamente a evitar fraturas na idade adulta.

A osteoporose é uma doença esquelética caracterizada pelo comprometimento da resistência óssea, predispondo o indivíduo a um risco de fratura. O esqueleto humano é um tecido vivo e complexo que dá suporte aos músculos e proteção a órgãos vitais. Ele também armazena o cálcio, mineral essencial para inúmeras funções. Ao longo da vida, os ossos são constantemente formados e reabsorvidos. Na infância e adolescência, a formação ocorre mais rapidamente que a reabsorção até que o pico de massa óssea seja atingido. A partir daí, a reabsorção lentamente vai excedendo à formação. O organismo usa o cálcio dos ossos quando não há ingestão suficiente ou quando há necessidade adicional – como na gravidez ou na lactação.

A mudança do estilo de vida e dos hábitos alimentares das gerações mais novas preocupa a professora. O consumo exagerado de refrigerantes, por exemplo, aumenta a reabsorção óssea. “Em alguns casos, a ingestão de leite, que é fundamental, praticamente não existe”, diz Rosa Pereira. Outros fatores também podem trazer prejuízos no futuro: sedentarismo, não exposição ao sol (“Muitas crianças não brincam mais na rua, ficam apenas com jogos eletrônicos em casa”, lembra a professora), tabagismo (a nicotina tem efeito sobre os osteoblastos, células que atuam na formação do tecido ósseo) e consumo de álcool.

A osteoporose pode afetar crianças como doença primária, embora sua ocorrência seja bastante rara. A osteogênese imperfecta tem origem genética e a osteoporose juvenil idiopática costuma aparecer de dois a três anos antes da puberdade. Na maior parte dos casos nessa idade, entretanto, ela é conseqüência de outras doenças crônicas, como leucemia, artrite reumatóide juvenil ou lúpus eritematoso sistêmico. O tratamento desses males muitas vezes inclui imobilidade, baixa exposição ao sol ou o uso contínuo de medicamentos como corticóides, causando interferências no metabolismo e perda de massa corpórea e muscular – que, por sua vez, podem favorecer o desenvolvimento da doença.

“É de responsabilidade dos pediatras a identificação de fatores de risco para osteoporose e a orientação de seus pacientes quanto a sua prevenção, tratamento e seguimento”, diz o recente artigo publicado pela professora Rosa e três colegas da Faculdade de Medicina no Jornal de Pediatria (edição nº 6, volume 79), da Sociedade Brasileira de Pediatria, onde podem ser encontradas mais informações sobre a doença na infância e adolescência.
Menopausa

Os principais problemas decorrentes da osteoporose se manifestam na idade adulta, principalmente nas mulheres após a menopausa. “A mulher tem uma perda importante de estrógeno em muito pouco tempo”, explica Rosa Pereira – o hormônio é indispensável para a conservação do osso. Ao redor de 20% de todas as mulheres na menopausa, nos países ocidentais, preenchem os critérios estabelecidos para a doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, não são muitos os dados confiáveis e atualizados. Uma iniciativa importante virá nos próximos meses, quando a Faculdade de Medicina da USP deverá começar uma pesquisa com o Hospital Universitário da USP. O estudo, que aguarda aprovação e liberação de verba da Fundação de.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2004/jusp685/pag09.htm

Site da USP

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader