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Vitaminas auxiliam a prevenir perda de visão


Publicado no caderno equilíbrio na Folha de S.Paulo 06/05/2004

Se você tem mais de 50 anos de idade, não se assuste se, ao final da consulta com o oftalmologista, você receber uma receita de suplemento vitamínico. A cena é cada vez mais comum nos consultórios dos oculistas porque pesquisas recentes constataram que a ingestão de antioxidantes ajuda a prevenir a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), doença associada ao envelhecimento e que pode levar à cegueira.

Existem vários antioxidantes, substâncias que inibem a ação dos radicais livres e retardam o envelhecimento das células. Até agora, o National Eye Institute (NEI), órgão do governo norte-americano, já comprovou a eficácia das vitaminas C e E, dos minerais zinco e selênio e dos betacarotenóides, afirma o oftalmologista Sérgio Kniggendorf, diretor do departamento de retina do Hospital Oftalmológico de Brasília. Na dosagem adequada, esses antioxidantes reduzem em até 25% o risco de desenvolver DMRI.

Essa terapia preventiva apenas faz efeito se a pessoa ingerir suplementos vitamínicos. "Só com a dieta não é possível obter as quantidades ideais", explica Kniggendorf. Em geral, a suplementação é indicada para pessoas com mais de 50 anos de idade, principalmente aquelas com casos de degeneração macular na família, e para quem apresenta sinais precoces da doença.

Atenção: os suplementos só podem ser ingeridos segundo orientação médica --embora muitos acreditem que eles não façam mal, esses produtos podem prejudicar a saúde. "Se fumantes ingerirem grandes quantidades de betacaroteno, por exemplo, a possibilidade de câncer de pulmão pode aumentar", diz Kniggendorf. Já o consumo elevado de zinco está relacionado com o câncer de próstata.

Além da suplementação, a prevenção da DMRI inclui o uso de óculos escuros para filtrar a luz azul solar e a prática regular de exercícios --a atividade física também tem o poder de combater os radicais livres.

Grupos de risco

A DMRI costuma atingir quem tem mais de 50 anos, porém é mais freqüente a partir dos 75 anos. Fazem parte do grupo de risco pessoas com histórico familiar da doença, com pele e olhos claros e tabagistas.

A mácula é a região da retina responsável pela centralização da visão. Quando essa área se degenera, o paciente apresenta visão distorcida e embaçada, explica o oftalmologista Walter Takahashi, chefe do Setor de Retina do Hospital das Clínicas (SP). "Um simples exame de fundo de olho feito por um médico leva ao diagnóstico da doença."

Há um teste caseiro, bem simples, que ajuda a identificar os sintomas da DMRI (veja as ilustrações ao lado). Basta fazer um ponto no centro de uma tela quadriculada. Se a pessoa não conseguir ver esse ponto nitidamente, é sinal de que ela precisa se submeter a um exame mais detalhado, orienta Kniggendorf.

Instalada a doença, a suplementação alimentar perde a ação, não ajuda a conter o avanço da doença. Para evitar a cegueira, os pacientes podem recorrer a dois tipos de cirurgia. A cauterização com laser dos vasos sangüíneos na região da mácula é uma delas, porém contra-indicada em determinados casos, pois pode comprometer parte da retina.

A terapia fotodinâmica é um procedimento mais novo, que também utiliza laser, mas preserva a retina. O uso de uma substância de contraste, a verteporfina, evita que o laser atinja células sadias, explica Takahashi. Atualmente, a terapia fotodinâmica pode ser feita com a ajuda de uma outra substância de contraste, desenvolvida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A indocianina verde, que tem a mesma função na cirurgia e custa cerca de seis vezes menos, já está sendo exportada para outros países.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3449.shtml

Folha de São Paulo

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