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Quarta-Feira , 15 de Maio de 2024
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Plano e ação


Publicado pela Revista Educação maio/2004

O espanhol Miguel Zabalza possui uma formação diversa, centrada na descoberta do comportamento humano: obteve doutorado em psicologia, licenciou-se em pedagogia e possui diploma em criminologia. Mas sempre trabalhou com educação. Há quase 30 anos na Universidade de Santiago de Compostela, desenvolveu diversos trabalhos de pesquisa e cooperação em instituições de ensino superior na Espanha, Itália e Inglaterra. Hoje, na faculdade de ciências da educação, é catedrático de didática e organização escolar - temas estratégicos na Espanha, que ele próprio define no livro O ensino universitário (Artmed, 242 págs., R$ 41) como "uma espécie de ecossistema de especialidades vinculadas entre si, em cujo cerne se produzem os processos de promoção e de seleção de novos professores". Suas obras tratam de todos os níveis estudantis, do infantil ao superior. Zabalza é defensor da busca da qualidade nos processos educacionais, desde as condições de trabalho até o desenvolvimento curricular. Para ele, escolas alternativas têm seu valor, como "estrelas polares" que servem de inspiração. Mas é a escola pública que deveria ser "mimada", pois trata-se da principal formadora na sociedade. O estudioso virá ao Brasil para o Congresso Educador, que acontecerá paralelamente à Feira Educar, no pavilhão de exposições do Center Norte, entre 19 e 22 de maio em São Paulo (SP). O tema do acontecimento será A educação do futuro e o futuro da educação. Por e-mail, Zabalza antecipou alguns pontos de sua palestra.

Revista Educação - Como vencer a resistência de professores que desejam apenas dar aula?

Miguel Zabalza - Em alguns casos, essa resistência é invencível. Em outros casos, não. Depende da experiência do professor: se suas experiências anteriores foram negativas ou pouco gratificantes, provavelmente acabam gerando uma espécie de rechaço pelo ensino. Isso resulta em um compromisso puramente formal, de fazer o que se tem de fazer e basta. Nesse caso, é necessário "ilusionar" o docente, dotar-lhe de novas ferramentas que tornem mais agradável sua atividade e melhorar, na medida do possível, o clima de trabalho - sobretudo pelo apoio dos companheiros.

O aluno consegue perceber a diferença entre um profissional burocrático e o professor preconizado pelo senhor?

Sem dúvida. Os alunos entendem muito bem o grau de intensidade e de vida que um professor põe em seu trabalho. Perdoam mais a falta de conhecimento ou de experiência do que a falta de motivação. Ademais, essa falta de motivação do docente contagia o aluno e acaba assumindo padrões de comportamento bastante similares aos de seu professor: tampouco ele se aplica e reduz seu trabalho a cumprir com o que lhe exigem, sempre sob a perspectiva do mínimo esforço.

No Brasil, centros formadores de docentes raramente possuem o sofisticado aparato metodológico necessário à formação de um "profissional reflexivo". As escolas não estão distantes de oferecer essa formação?

Não só no Brasil. Esse é um problema geral de muitas instituições de formação do professorado. Falta a nós mesmos, como formadores de futuros mestres, um exercício pessoal da reflexão e o compromisso institucional com um tipo de proposta formativa que propicie esse trabalho.
Leia a entrevista na íntegra em:

http://www2.uol.com.br/aprendiz/revistas/educacao/0504/id050504_h.shtml

Revista Educação

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