Programa prepara jovens para gerar renda |
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Publicado pelo site Aprendiz 10/05/2004 |
Para muitas empresas, os jovens de baixa renda e ainda por cima sem experiência são os mais incapacitados para serem inseridos no mercado de trabalho. Pensando nessa tese, o Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão (Icema) lançou o programa Gera-Renda. O objetivo é fazer com que os jovens, a partir de experiências práticas, gerenciem uma empresa associativa fictícia, mas de funcionamento real.
A proposta é oferecer capacitação profissional a jovens de baixa renda de 17 a 25 anos. "O projeto Gera Renda busca realizar Laboratórios Organizacionais de Terreno (eventos de capacitação para autogestão), criando uma rede institucional de parcerias com o público, com a iniciativa privada e as organizações da sociedade civil como forma de garantir a sustentabilidade das empresas associativas e cooperativas", conta o diretor do programa, Alessandro Lamar.
Fundado em 2000, o instituto foi elaborado a partir de experiências com a metodologia de capacitação massiva, dos sociólogos e fundadores do projeto Alessandro Lamar e Christian Noronha, depois de terem feito um curso de formação na área, realizado pelo Pronager (Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda em Área de Pobreza). Após esse curso, eles perceberam que poderiam transmitir suas experiências para os jovens das comunidades carentes de São Luís (MA).
Durante 50 dias, tudo que diz respeito ao dia-a-dia de uma empresa será vivenciado pelos participantes: produção, comercialização, divisão do trabalho, reuniões e prestação de contas. Depois desse treinamento, já na segunda fase, os jovens continuam administrando a empresa. Nesta etapa, a equipe do Icema oferecerá acompanhamento, procurando estabelecer parcerias que atendam à demanda do empreendimento.
O projeto tem duração de nove meses e prevê a realização de dois eventos de capacitação na própria cidade. O primeiro evento já está sendo feito no bairro de Coroadinho, em São Luís, e conta com 120 jovens. Para o segundo evento será realizado um estudo na área e junto aos empresários locais para definir qual a atividade produtiva desta empresa. Ela é definida a partir da possibilidade de se produzir algo que as empresas associadas possam comprar. "O objetivo é a relação entre as empresas associadas e a empresa dos participantes", relata Lamar.
A primeira empresa fictícia já tem nome: Instituto Empresarial do Pólo Coroadinho. A empresa é do setor de confecções e serigrafia e produz camisas, fardamentos e artesanato. Recentemente, o Pólo Coroadinho entregou sua primeira encomenda, de 130 camisas. Uma das preocupações do Instituto é que a atividade produtiva escolhida possibilite a parceria com seus associados. A empresa tem também o curso de jornalismo comunitário que já conta com a participação de 12 alunos que prevêem para esse mês a produção de seu primeiro exemplar.
A iniciativa conta com recursos da Fundação Kellog, em parceria com a Subgerência do Trabalho do Governo do Estado do Maranhão, o Instituto de Apoio Técnico aos Países do Terceiro Mundo (Iattermund), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Centro de Educação Profissional do Coroadinho (Cepec) e as empresas associadas ao Icema.
"Estamos trabalhando para que essa iniciativa parta da própria empresa através de projetos e da discussão de associados. Mais que uma empresa, o que buscamos é uma organização coletiva de jovens", finaliza o diretor do programa.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/noticias/fazendo/id100504.shtml
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