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Escolas comemoram a Abolição da Escravatura


Publicado pelo site da SEE/SP 12/05/2004

A abolição da escravatura será lembrado nesta quinta-feira, dia 13, por mais de dois mil alunos de Escolas Estaduais do ciclo I (1ª a 4ª séries), na Zona Norte da Capital. Para isso, diversas unidades escolares terão atividades especiais neste dia.
A Escolas Estaduais Mathias Ayres, Professor José Altenfelder Silva, Professor Carlos Borba e Vila Penteado I são algumas das unidades com programações especiais. Entre as inúmeras atividades, haverá danças africanas, elaboração de pesquisas específicas sobre o tema, divulgação de cartazes e peças teatrais.
Na E.E. Carlos Borba, por exemplo, será realizada uma dramatização por mais de 900 alunos do ciclo I. A pluralidade cultural do tema já foi estudada pelos professores, e nas salas de aula, os alunos farão desenhos livres, pesquisas, redação e até cruzadinhas. A conscientização do tema, quanto às diferenças raciais, será muito bem trabalhada em sala de aula. “Temos o dever de mostrar as diferenças raciais, mas é importante deixar bem claro que isso não muda os direitos e deveres que são iguais para todos”, argumentou a diretora da escola, Mônica Teixeira.
Já a E.E. José Altenfelder trabalhará o tema de forma interdisciplinar. “Nossos 400 alunos de 3ª e 4ª séries terão neste dia trabalhos, pesquisas e dissertações baseadas na temática dos livros didáticos. O objetivo é não deixar a data passar em branco, conscientizando os alunos sobre a cultura negra e africana no país e no mundo”, disse a diretora Lenise Nunes Armelin.
Abolição
A escravidão era uma instituição "onipresente: havia escravos em todos os municípios do Império e era no trabalho deles que se assentavam todas as atividades produtivas. Por isso, a posse deles era vital para a manutenção do status social. A relutância em abolir não decorria somente do seu valor econômico, mas encontrava-se profundamente enraizada na cultura e nos valores das classes dominantes como um todo".
A escravidão continuou a ser a principal forma de trabalho no Brasil durante o século XIX, tanto nas áreas agro-exportadoras como naquelas dedicadas à cultura de subsistência. Esse apego à escravidão devia-se ao fato de que os escravos eram os únicos que trabalhavam nas cidades e no campo.
O fim da escravidão no Brasil foi um processo lento e gradual, ocupando praticamente todo o Século XIX. Após a independência em 1822, a Inglaterra pressionou o governo brasileiro, que se comprometeu a acabar com o tráfico em três anos. Em 1850, o país cedeu a pressão inglesa e proibiu o tráfico.
O fim do tráfico condenava a escravidão ao fim, pois, devido as difíceis condições de vida e de trabalho, os castigos e a alta taxa de mortalidade impediam sua reprodução interna dos escravos. Os acontecimentos internacionais de 1860, com a libertação dos escravos no Império português, francês e dinamarquês e, principalmente, o fim da escravidão nos EUA, deixavam a Monarquia em situação desconfortável. Em 1866, a sociedade abolicionista de Paris pediu ao Imperador D.Pedro II que acabasse com a escravidão. Para o monarca, a medida era problemática, já que a sustentação do regime dependia dos senhores de escravos.
A abolição era defendida pelos que viam nessa instituição as razões do atraso do país. Abolicionistas como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, José do Patrocínio, André Rebouças, Luís Gama e Antônio Bento defendiam o fim do cativeiro e a reforma agrária para o país. Joaquim Nabuco, na campanha abolicionista, afirmava entre outras coisas que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais, um obstáculo invencível ao seu progresso, a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território, a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres, a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartiram entre si o solo produtivo”.
Leia a matéria na íntegra em:

http://www.educacao.sp.gov.br/noticias_2004/2004_05_12_f.asp

Secretaria de Estado da Educação

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