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Quinta-Feira , 16 de Maio de 2024
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A Universidade e o futuro do planeta


Artigo de Frederic Litto no site Aprendiz 28/04/2004

“O bem-estar de todas as gerações futuras depende da habilidade e da eficácia com as quais informamos e inspiramos a base de conhecimento e os valores daqueles que atualmente estão em nossas escolas e universidades”. John Fien

“Se toda a educação é para o futuro, então quando e onde deve ser explorado o futuro dentro da educação?” David Hicks e Richard

“O passado passou. O presente passa rapidamente a cada dia. A única coisa que podemos mudar é o futuro”. W. Warren Wagar

I
Quando convidado recentemente para escrever algumas observações sobre a situação da educação e do planeta, minha primeira reação foi recusar, principalmente para não cair no ridículo [a falácia genética: “são os grandes temas que fazem as grandes obras”]. Mas após refletir, percebi a oportunidade que o assunto representava para levar ao conhecimento de leitores brasileiros uma literatura científica que venho acompanhando há algum tempo com grande interesse, e que é pouco conhecida entre nós: estudos do futuro.

A maioria das pessoas considera o futuro um espaço em branco, ou um vazio, vagamente ameaçador. Como se fosse encoberto por neblina forte, proibindo a vista de pontos de marcação, o futuro parece ser algo incompreensível, fechado, “continuamente fora da nossa visão e, assim, fora das nossas mentes.”1 E, curiosamente, muitos educadores acreditam que o estudo do futuro é um desafio grande demais, difícil demais; “eles aprendem cedo os falsos confortos de negação, evasão e afastamento”.

Mas o campo de investigação definido como “estudos do futuro” na verdade existe há quase cinqüenta anos, e tem os seus próprios métodos e ferramentas, suas publicações e congressos, e seu elenco de pesquisadores. De vez em quando, alguns participantes dessa comunidade acabam tendo destaque com estudos de sucesso popular, como Herman Kahn [Sobre Guerra Termonuclear, 1960], Alvin Toffler [Choque Futuro, 1970], e Dennis Meadows et al [Os Limites do Crescimento, 1972]. Os outros, no entanto, “mais interessados nas coisas que estão para vir do que nas coisas do passado”2 são desconhecidos dos leitores brasileiros em geral.

Por não ser uma disciplina com longa tradição, “estudos do futuro” não tem grandes delimitações de atuação. Como observou um dos seus mais instigantes investigadores, Sohail Inayatullah, da Queensland University of Technology, em Brisbane, Austrália: a sua base de conhecimento, atualmente em formação, está em fase inicial de devenvolvimento.

Há dúvidas se se trata de uma ciência, um movimento, ou, como alguns dizem, uma extensão de planejamento estratégico. Também há discussão sobre se é ou não exclusivamente uma área acadêmica, ou se deve envolver ação social. Parece existir uma divisão entre investigadores que seguem uma linha mais técnica (estudos de previsão e modelagem estatística), e outros que seguem uma linha mais cultural (“recuperando.... descolonizando e desconstruindo visões do futuro criadas pelos poderosos, com as suas visões de tempo-espaço e suas perspectivas dominantes”).3 Não está definido com clareza quem é e quem não é um futurista.

Enquanto na maioria das disciplinas há assunções que viram “regras invioláveis”, em estudos do futuro propõe-se fundamentalmente “não aceitar nenhuma assunção como sendo inviolável, mesmo aquelas que tratam do futuro das próprias disciplinas”.4 Esse espírito cético chega ao extremo quando um dos participantes da comunidade observa que “qualquer atividade que seus proponentes necessitam que seja chamada de uma `ciência´ provavelmente não o seja”.
Leia o artigo na íntegra em:

http://www2.uol.com.br/aprendiz/colunas/flitto/index.shtml

Site Aprendiz

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