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Publicado pela revista Carta Capital 24/05/2004 |
Um exemplo aos laboratórios farmacêuticos. O Instituto OneWorld Health, o primeiro laboratório farmacêutico no mundo – pasme – sem fins lucrativos, acaba de anunciar que atingiu o número suficiente de pacientes para um estudo que avalia a eficácia de um tratamento para a leishmaniose visceral.
Chamada de kalazar, essa doença é causada por parasitas que incham as vísceras do abdome, é mortal e só ocorre em locais muitos pobres da África, da Ásia e da América do Sul. A grande maioria dos casos concentra-se em quatro países: Índia, Sudão, Nepal e Brasil.
A doença é transmitida por picada de um mosquito e a droga utilizada, a paromomicina, não é patenteada. Se o tratamento der certo, propiciará a cura para 1,5 milhão de pessoas e evitará a morte de 200 mil todos os anos.
O laboratório é mantido com verbas da fundação Bill & Melinda Gates e desenvolve apenas drogas para tratar doenças que atingem as camadas mais pobres da população mundial, universo contemplado por uma parcela pífia dos investimentos dos grandes laboratórios.
O lema do OneWorld Health é: “Toda vida humana é valiosa”. Para os demais laboratórios essa frase tem outro sentido.
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Carta Capital
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