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Intimidação entre alunos: longe da diretoria


Publicado pelo site Aprendiz 24/08/2004

(Rodrigo Zavala)
Ainda pouco discutido no meio acadêmico, o chamado bulliyng tornou-se um dos assuntos mais populares nas rodas de professores. Como o termo compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas - que ocorrem sem motivação evidente - adotadas por um ou mais estudantes contra outro, diagnosticá-lo sem cometer exageros tornou-se um desafio para pais, professores e diretores.
Entre as formas de bullying se encontram colocar apelidos (ofensivos ou humilhantes), ignorar (excluir e isolar), amedrontar (por agressão), além de roubar pertences ou mesmo quebrá-los. Desta forma, existe um questionamento real sobre o que realmente é comum no comportamento adolescente e o que pode ser entendido como um caso patológico, no qual o bulliying é identificado.
Segundo Rosana Nogueira, doutoranda em Educação e Ciências Sociais pela PUC-SP, as pesquisas sobre o assunto, além de serem poucas (seja no Brasil, seja nos outros países), generalizam os casos. \" Bullying é um comportamento recorrente, mas cada suspeita deve ser analisada com cuidado para não haver erro\". Isto é, até que ponto o \"te pego lá fora\" pode causar baixa estima e insegurança perpétua entre os envolvidos?
Cunhado na Inglaterra, em meados da década de 80, o termo ganhou diversas três grandes definições quando chegou ao Brasil: violência ou assédio moral e intimidação. \"Não gosto dessas nomenclaturas, pois não representam todo o problema. O que é moral, por exemplo\", critica Rosana.
De acordo com dados levantados pela educadora, uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que aproximadamente um em cada cinco alunos (22%) entre seis e dezesseis anos já foi vítima de bullying na escola. A pesquisa mostrou também que o local mais comum de ocorrência de maus-tratos são os pátios de recreio (78% dos casos), seguidos dos corredores (31,5% dos casos).
Essas situações de violência geralmente envolvem três tipos de alunos: o espectador, o agressor e a vítima. O primeiro não conta suas impressões por receio de tornar-se alvo ou por ter sido ignorado pelos adultos nas tentativas que fez de comentar certos fatos. O segundo, normalmente, aprendeu a usar um comportamento agressivo com os adultos para resolver seus problemas.
Já a vítima está numa posição muito mais problemática, comenta Rosana, pois não se manifesta para os adultos. \" É aquele jovem frágil. Normalmente, mostra-se arredio, demonstra medo ou receio de ir para escola e não procura ajuda por sentir-se indefeso\".
O laço comum entre os três envolvidos, além de vivenciarem a experiência, é que todos podem apresentar dificuldade de relacionamento, insegurança, além de serem ignorados pelos adultos nas tentativas que fez de comentar certos fatos (principalmente no caso do espectador)
Como o problema está acima de questões sociais, isto é, pode acontecer em qualquer instituição de ensino, cada escola deve se preparar para enfrentá-lo. \"Os professores estão na linha de frente e percebem essas práticas, mas não sabem como resolver os conflitos. Cada escola, portanto, deve ter seu próprio projeto com profissionais adequados (psicólogos, pedagogos).\"
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) também faz pesquisa sobre o assunto. Um levantamento realizado pela ONG, em 2002, envolvendo 5.875 estudantes de 5ª a 8ª séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% dos alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de b ullying , naquele ano, sendo 16,9% alvos e 12,7% autores.
Embora a ONG ainda esteja completando seus estudos no Rio de Janeiro, ela já disponibilizou em seu site ( www.abrapia.org.br ) tópicos para pais e educadores se informarem sobre o assunto. A iniciativa faz parte de seu Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes. O objetivo é sensibilizar educadores, famílias e comunidade para a existência do problema e suas conseqüências.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=92a0b3470af47010011a01dd8640a319

Aprendiz

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