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Convívio com animais traz benefícios


Publicado pelo caderno Equilíbrio, da Folha de S.Paulo 26/08/2004

(Karina Klinger)
A medicina parece estar aumentando suas apostas no papel que os animais podem ter além do convívio com os homens. Hoje, no Brasil, as universidades têm aberto mais as portas para experiências que queiram comprovar a eficácia da zooterapia. O assunto vai entrar pela porta da frente na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. Neste segundo semestre, a disciplina de zooterapia será incluída no currículo dos alunos do segundo ano. As aulas, que começam no mês que vem --por causa do atraso provocado pelos 106 dias de greve no primeiro semestre-- já estão com as vagas esgotadas.

"O assunto é novo por aqui e faltam pesquisas na área, por isso vamos iniciar o curso. Os médicos ainda são muito céticos em relação a essa terapia. É preciso prová-la por meio de uma metodologia científica", diz a veterinária Maria de Fátima Martins, professora da USP, no campus de Pirassununga, interior de São Paulo. Na UnB (Universidade de Brasília), desde março, uma equipe de veterinários e médicos estuda os efeitos da terapia mediada por cães no tratamento de pacientes com mal de Alzheimer, doença degenerativa que causa a morte dos neurônios e que tem como sintoma inicial a perda da memória imediata.

Todas às quartas-feiras pela manhã, os cães Ventus, um boiadeiro bernês de sete anos, e Barney, um golden retriever de um ano e meio, freqüentam o Centro de Referência para os Portadores da Doença de Alzheimer, que funciona no Centro de Medicina do Idoso do hospital universitário, onde os pacientes participam de sessões de fisioterapia e trabalham com a ajuda de neuropsicólogos e psiquiatras.

Segundo o geriatra Renato Maia, coordenador do centro, os resultados são visíveis. O fato de os pacientes se lembrarem dos cães no início e no final da sessão, por exemplo, já é considerado um grande feito para quem tem esse tipo de doença. "À medida que são expostos, os pacientes apresentam uma recuperação imediata da memória. Lembram de fatos que nem sempre discutem com a psicóloga. Muitos deles também voltaram a falar, algo que não faziam mais."

O projeto da UnB já atendeu 32 pessoas. "Estamos agora computando os dados. A mudança no humor dos pacientes é evidente, mas queremos mais informações. No exterior, a terapia com animais em contato com crianças é mais desenvolvida. Já vi estudos que mostraram, por exemplo, como a zooterapia reduziu o consumo de analgésicos entre os pequenos pacientes de oncologia. Com relação aos idosos, ainda falta muito", diz Maia.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária, em parceira com a Faculdade de Odontologia, ambas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), do campus de Araçatuba, iniciaram, em 2003, um projeto de pesquisa para investigar as reações que os animais provocam em crianças com necessidades especiais, como as que sofreram paralisia cerebral, as portadoras da síndrome de Down e de outros tipos de comprometimento mental. Desde outubro passado, Spike, Cacau e Monalisa, cães labradores, e Raja, um golden retriever, passeiam com seus proprietários pela sala de espera do setor de atendimento ao público da Faculdade de Odontologia. "Eles ajudam as crianças a se distraírem e as acalmam", diz a médica veterinária Valéria Nobre, uma das responsáveis pelo projeto.

"Antes, alguns pacientes podiam ser atendidos apenas mediante sedação. Hoje, isso mudou. Os mais agitados depositam a ansiedade nos cães e entram mais tranqüilos na sala da dentista, o que prova que é mesmo possível reduzir o uso de medicamentos", comemora Valéria, que busca mais informações para concluir a pesquisa sobre o tema.
Veja a íntegra em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3714.shtml

Folha de S.Paulo

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