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Artigo de Adilson J.A. de Oliveira no site AOL 26/08/2004 |
Nos últimos dias, os Jogos Olímpicos têm despertado grande interesse de todos, pois é um evento no qual os melhores atletas de diversas modalidades esportivas estão reunidos para competir. As competições esportivas cativam e ficamos maravilhados ao ver o estabelecimento de novos recordes. As provas de atletismo e de natação, por exemplo, mostram como a capacidade humana de superar desafios é imensa. Nas olimpíadas deste ano já vimos em várias competições a quebra de recordes. Será que existe algum que não poderá ser superado?
O estabelecimento de um novo recorde acontece quando um atleta em um dado momento possui condições físicas, psicológicas e genéticas que favoreçam a obtenção de uma nova marca. O ambiente onde a prova é disputada é um fator importante também para o estabelecimento de uma nova marca, pois as condições climáticas (temperatura, velocidade e direção do vento, umidade do ar etc) e geográficas (altitude em relação ao nível do mar) podem ser determinantes. O uso de materiais esportivos especiais auxilia também.Cada pequeno detalhe é relevante.
Atualmente um dos grandes problemas de qualquer modalidade esportiva é o uso de substâncias químicas que estimulam os atletas a conseguirem performances superiores. Essas substâncias, proibidas pelos comitês esportivos, provocam o chamado “dopping”. A grande maioria delas causa danos à saúde dos atletas, mas muitas vezes a vontade de vencer supera o bom senso e a razão. Talvez em um futuro não muito distante poderá existir o chamado “dopping genético”, no qual a condição física do atleta será manipulada por alterações genéticas, permitindo obter mais força muscular e maior resistência física, desenvolvendo “superatletas”. Quando isso ocorrer não haverá mais competições esportivas, mas sim competições genéticas.
Cada modalidade esportiva tem uma determinada técnica que vai sendo desenvolvida ao longo dos anos para se conseguir melhores resultados. Atualmente o grau de sofisticação de alguns esportes é enorme e a utilização de diversos ramos do conhecimento científico melhora as marcas dos atletas, como a Física, Biologia, Química, Fisiologia, entre outras. Por exemplo, na prova de salto à distância, um atleta necessita não apenas ter força física e boa velocidade, mas também é necessário saltar de maneira que maximize o alcance do salto. Com um pouco de Física elementar é fácil mostrar que o ângulo que ele deve arremessar o seu corpo para alcançar a maior distância em um salto deve ser de 450 em relação ao solo, da mesma forma que se calcula o lançamento de uma bala de canhão. Esse tipo de cálculo já é conhecido há mais de 300 anos, quando Galileu utilizou os seus conhecimentos sobre o movimento dos objetos para dar assessoria ao exercito italiano. Quando saltam, os atletas movimentam o seu corpo de forma que o seu centro de massa se desloque fazendo que ganhem um impulso extra com esse movimento. Neste aspecto as idéias desenvolvidas por Isaac Newton no século XVIII sobre o movimento dos corpos podem ser aplicadas para melhorar a performance do salto.
Nas provas de corrida, como na de 100 metros rasos, os atletas percorrem essa distância em um intervalo menor do que 10 segundos, com uma velocidade média de aproximadamente 36 km/h. Cada passada combinada com o movimento dos braços é de fundamental importância para correr mais rápido. O arremessar do braço ajuda no movimento, pois nessa situação a força que se faz com o braço aumenta a quantidade de movimento do atleta, melhorando assim a sua velocidade. Alguns esportistas também usam roupas especiais para melhorar as condições aerodinâmicas (como os carros de corrida são projetados para diminuir o efeito do atrito do ar), além de calçados com melhor aderência ao solo (como os pneus de automóveis que são determinantes para conseguir melhor performance). O mesmo ocorre em provas de natação, nas quais os atletas procuram facilitar o movimento na água até mesmo depilando completamente o corpo e combinando os seus movimentos para conseguir maior impulso dentro da água.
Veja a íntegra em:
http://educacao.aol.com.br/colunistas/adilson_oliveira/0010.adp
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