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Pesquisa mostra desafios na educomunicação


Publicado pelo site Aprendiz 03/09/2004

Se a grande ambição de organizações não-governamentais em prol da educação é tornar suas ações políticas públicas do Estado, pelo menos aquelas que trabalham com o conceito de educomunicação deverão vencer desafios estruturais para conseguirem ser efetivas, caso isso ocorra.
Essa é apenas uma das conclusões a que chegou o jornalista Fernando Rossetti, ao analisar nove instituições brasileiras, em pesquisa realizada com o apoio do Unicef, e disponibilizada integralmente no site.
Segundo ele, projetos como os realizados pela Cipó Comunicações (BA), Agência Uga-Uga de Notícias (AM), Comunicação e Cultura (CE), Multirio (RJ), Oficinas de Imagens (BH) entre outros exemplos de entidades que trabalham com comunicação e educação com crianças e adolescentes, cresceram mais de cinco vezes nos últimos anos. Com uma demanda cada vez maior, é mais do que natural chegar a tornar-se política pública. "Antes que isso aconteça, existe uma série de empecilhos envolvendo a organização para conseguir multiplicar o trabalho", crê.
Sem hierarquizar os obstáculos, em primeiro lugar o jornalista verificou que essas entidades estão enraizadas em uma comunidade e suas escolas. Há, então, um conjunto de fatores de aproximação envolvendo a população local com a instituição, o que dá legitimidade ao trabalho. Assim, caso se torne uma política massiva em comunidades e escolas, perde-se esse envolvimento quase visceral entre quem atende e quem é atendido.
Outro ponto levantado pela pesquisa é a rotatividade dos professores na rede pública. Como a maior parte dessas instituições trabalham com educadores e alunos de escolas estaduais e municipais, a constante mudança do corpo discente na rede é um problema. "Você realiza um programa de um ano em uma escola, e no ano seguinte nem a metade dos professores com que você trabalhou continuou lá. Isso inibe projetos duradouros nessas escolas", exemplifica Rossetti.
Em terceiro lugar, o jornalista destacou um problema que habita na constituição da própria organização. "Em todas existe uma figura forte, que possui um arcabouço cultural e visão. Quando se expande a área de penetração da instituição é preciso que existam agentes formadores que substituam essa figura. E isso não ocorre".
Por fim, Rossetti lembra de outros dois pontos fortes que devem ser vencidos: o que chama de micro e macro política. A primeira, ocorre nas escolas, em que diretores e professores sentem-se ameaçados pela maior autonomia do aluno. "Isso interfere na hierarquia do meio escolar". A segunda, se trata do descontinuismo das ações governamentais, por meio da sucessão de cargos políticos. "É aquela velha história de não continuar o que o anterior começou".
Toda a pesquisa pode ser acessada pelo site http://rossetti.sites.uol.com.br/

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=c5c3a2250af47010011a01dda6b65638

Aprendiz

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