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Uma história da estatura


Publicado pela revista Carta Capital 14/09/2004

(Rogério Tuma)
A estatura média de um povo é diretamente proporcional à situação econômico-financeira e nível de saúde do tempo em que vivem. É isso que mostra um estudo conduzido pelo dr. Richard Steckel, professor de Economia da Universidade Estadual de Ohio (EUA).

O dr. Steckel, ao analisar a estatura de milhares de esqueletos do Norte da Europa que datavam do ano 800 ao 1800, descobriu que os humanos, no início da Idade Média – entre os anos 900 e 1100 – tinham uma estatura semelhante à do nosso tempo, porém, fomos perdendo estatura até 1700, quando éramos perto de 6 centímetros mais baixos, voltando a recuperá-los só no século passado.

Essa oscilação da estatura prova que não só o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento e as noções de higiene serviram para melhorar a qualidade de vida da humanidade, pois estas tiveram uma evolução constante e ascendente, mas que também existem fatores e suas confluências que criam condições favoráveis ou não para o nosso bem-estar.
O pesquisador acredita que são diversos os fatores que influenciam a nossa qualidade de vida e cita as condições climáticas, o crescimento das cidades com conseqüente aumento de doenças transmissíveis, as mudanças nas estruturas políticas e a produção de alimentos, destacando ainda a diferença na distribuição de recursos entre as populações.

No início da Idade Média, quando a temperatura subiu de 2 a 3 graus, as condições climáticas eram muito favoráveis e, portanto, houve uma farta distribuição de alimentos. Já no fim da Idade Média, quando existiam cidades maiores e o comércio passou a ser importante, surgiram as epidemias, como a peste bubônica. Naquele tempo, a riqueza era mal distribuída e o clima voltou a esfriar, criando condições desfavoráveis e a estatura da população reduziu-se.

No início da era industrial houve muita oscilação da estatura, porém sem muito ganho. A estatura, então, só voltou a crescer no início do século XX, quando as guerras reduziram a população, a agricultura voltou a melhorar e o avanço da medicina reduziu as epidemias.

Isso nos leva a pensar que, atualmente, se melhorássemos a distribuição das riquezas, talvez pudéssemos nos transformar, todos, em jogadores de basquete.

http://cartacapital.terra.com.br/site/exibe_materia.php?id_materia=1703

Carta Capital

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