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Entrevista com a atriz Esther Góes


Publicado pelo site da SEE/SP 05/10/2004

Em entrevista concedida na sede do CRE Mario Covas à equipe técnica da Gerência de Projetos Pedagógicos da SEE, a atriz fala da sua formação, trajetória e da peça Hécuba, que está em cartaz no teatro Ruth Escobar, disponível para os educadores da rede estadual de ensino.

Secretaria da Educação – Conte-nos como foi conduzida sua trajetória no teatro.
Esther Góes – Eu acho muito estranha a minha trajetória, porque não estava previsto que eu fosse ser atriz coisa nenhuma. Fortuitamente eu via teatro, por ocasiões excepcionais na vida. Não era um hábito familiar. Meu pai era professor de Física, ou seja, não tinha nada que ver com literatura, mas ele era uma pessoa que lia muito, e minha paixão por literatura vem de ser muito contagiada desde o início, sempre fui muito apaixonada por literatura. Então, eu acho que, de certa forma, reconheci a literatura no teatro, vendo teatro por acaso, e percebi que tinha alguma ligação com uma coisa minha muito forte.
Quando reconheci que aquelas histórias que eu tanto gostava de curtir podiam ser representadas e serem meio “de verdade”, como um brinquedo que você realiza, fiquei tão apaixonada por isso que foi uma experiência marcante na minha infância. E, assim que pude, transformei-a em realidade na vida, e passei a brincar disso o tempo todo.
A primeira coisa que eu fiz foi teatro infantil. Primeiro o teatro na escola, no Colégio Aplicação, na Rua Gabriel dos Santos, em São Paulo, onde eu fiz o curso Clássico (2) com professores excelentes que induziam os alunos, que favoreciam muito a existência do teatro. Nós começamos a trabalhar um grupo lá e, de imediato, o Teatro de Arena convidou esse grupo do Colégio Aplicação para constituir o Teatro Infantil do Arena, isso mais ou menos na época da “Redentora” (3) e tudo o mais. Depois do teatro infantil, onde fiz algumas peças, estava muito claro para mim que não haveria nada que eu gostasse mais de fazer do que isso. Embora eu tenha ingressado na faculdade para fazer um curso de assistente social – evidentemente a questão social era uma coisa que me envolvia e me chamava muito – eu não cheguei a terminar o curso. Parei a faculdade e voltei para um curso médio, que era o curso da E.A.D., a Escola de Arte Dramática, simplesmente para ser atriz, porque eu percebi que nada poderia substituir este prazer. Daí em diante me dediquei profundamente à arte.
Terminando a escola, eu comecei uma carreira no teatro, que depois se estendeu também à televisão e ao cinema, como atriz. Fui também apresentadora em televisão. Fiz jornalismo, mas não optei por ele, poderia ter optado num certo momento. Observei bem de longe as duas coisas e percebi que a ficção ainda era mais importante para mim do que a notícia, que é uma realidade que nunca acaba e que você nunca vai saber o fim da história, e eu acho importante o fim da história, eu precisava da ficção para poder fechar o pensamento. Então voltei novamente a plantar no teatro e na ficção a minha prioridade, como é até hoje. Agora se torna mais claro o quanto eu preciso dessa reflexão quando entro na direção teatral, depois de um período grande de autoformação, com várias montagens pedagógicas e amadoras. Começo a profissionalizar essa parte, porque a direção permite exatamente que você reflita ainda mais profundamente e que você tenha a obra como um todo à sua volta, em todas as direções. A minha condução toda foi muito nesse sentido. Eu acho que arte e vida são coisas muito ligadas, uma entende a outra, as duas dialogam o tempo todo. Representar é o meu interesse. A notícia, por exemplo, o jornalismo é uma coisa muito interessante, mas eu percebia que quando começava a me interessar por uma história ela desaparecia e vinha outra. Eu nunca conseguia terminar. Aquele fato, aquilo que aconteceu, sumiu, foi embora, e quem é que retoma tudo isso? É quem vai fazer um trabalho jornalístico mais amplo, de análise, e quem retoma daí é a ficção, como Homero.
Veja a íntegra em:

http://www.educacao.sp.gov.br/boanoticia/Entrevista%20Esther.asp

Secretaria de Estado da Educação

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