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Reciclagem: O lixo é um luxo


Publicado pela revista E, do Sesc-SP setembro 2004

Segundo dados do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) da cidade de São Paulo, é realizada atualmente a coleta diária de uma média de 8.700 toneladas de resíduos domiciliares. No entanto, a própria Limpurb admite que a quantidade coletada não representa o total do lixo da cidade. Estima-se que esse número passe de 10 mil toneladas por dia. Desse volume, 40% são embalagens. Plástico, papel, latas e vidro que, ao ser descartados, muitas vezes ganham o mesmo destino que o lixo orgânico. A crise que acomete o tratamento do lixo hoje - não só em São Paulo, mas em todas as grandes cidades do mundo - poderia estar um pouco mais distante do limiar do insolúvel se uma alternativa simples fosse mais considerada pelos membros da sociedade: a reciclagem. Disposto a mostrar que os resíduos nem sempre devem ser simplesmente jogados fora, o Sesc Interlagos vem realizando, desde 2 de junho deste ano, o megaevento Luxo do Lixo - Consumo Responsável, Desperdício Zero, uma exposição que ocupa 1.200 metros quadrados da unidade com diversas instalações cenográficas interativas e uma programação integrada que inclui debates, oficinas, espetáculos teatrais, shows e atividades ao ar livre. Tudo voltado para a educação ambiental e a reflexão sobre o consumo consciente. “É sabido que os recursos naturais são finitos e cada vez mais escassos”, explica Dóris S. S. Larizzatti, técnica do Sesc Interlagos. “Menos de 25% da montanha de 10 mil toneladas de lixo geradas em São Paulo são reutilizados ou reciclados.” Para enfrentar esse desafio o Sesc entende que é necessário rever a cultura do desperdício, promover o consumo responsável e estimular ações conjuntas entre poder público, iniciativa privada e o próprio cidadão. A proposta está no que se chama hoje de os três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar. “Daí surgiu a idéia de realizar um evento cultural que abordasse essa problemática, com o apoio de artistas, cientistas, educadores e cidadãos, por meio de uma exposição”, afirma Dóris.
Escolher e selecionar
No universo onde o lixo é luxo, o visitante logo de cara se vê inserido num cenário no qual é um dos agentes mais importantes. Não há como passar incólume ao efeito da porta de entrada da exposição, chamada Labirinto das Escolhas. “O labirinto é formado por objetos descartados e resíduos do cotidiano das pessoas”, explica a arte-educadora Beatriz Vidal, responsável pela instalação junto com o arquiteto Hélio Mota. “O painel de abertura indica que somos compostos pelos resíduos, eles fazem parte de nós, e que a transformação de lixo em luxo e de nossos luxos em lixo depende de como entendemos isso.” Na primeira parte do labirinto o visitante pode ver como os objetos considerados inúteis são descartados de forma negligente pelas pessoas,
resultando num grande “lixão”. Na segunda parte os mesmos objetos são acondicionados em gaiolas e separados pelo tipo de material - plástico, papel etc. -, ficando dessa forma prontos para um novo ciclo de vida útil. “Isso é reaproveitamento e reciclagem”, afirma Beatriz. Num outro momento da exposição, o lixo vira instrumento musical. Na instalação Resíduos Sonoros, concebida pelo músico e luthier Fernando Sardo, os materiais que desprezamos mostram seu ritmo e a reciclagem ganha trilha sonora. “A música pode contribuir para a consciência ecológica por meio de um trabalho como esse”, diz Fernando. “Ao criar instrumentos musicais utilizando sucata e outros materiais, a gente desenvolve uma convivência com a própria natureza, uma nova visão e respeito. Uma pessoa que sente prazer em criar e ver nascer um objeto de arte de sua autoria naturalmente passa a ser mais ético, a respeitar a vida e todas as suas expressões.”
Veja a íntegra em:

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=196&Artigo_ID=2999&IDCategoria=3193&reftype=2

Revista E

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