Sabino: das crônicas de jornal aos livros |
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Publicado pelo site AOL 11/10/2004 |
Um dos principais contistas brasileiros, e dos mais prolíferos, Fernando Tavares Sabino nasceu em Belo Horizonte. No Grupo Escolar Afonso Pena, foi colega de Hélio Pellegrino, com quem manteve amizade por toda a vida. Em 1938, já no Ginásio Mineiro, ajuda a fundar o o jornalzinho "A Inúbia" (segundo informa o site Releituras, mesmo sem saber exatamente o que isso significava). Após a formatura no ginásio, passa a colaborar regularmente com artigos, crônicas e contos para revistas da capital mineira.
Leitor compulsivo, aos 17 anos estava decidido a ser gramático. Depois de servir o Exército, ingresa nio curso de Direito, onde convive com escritores e começa a trabalhar de fato como redator da "Folha de Minas". Seu primeiro livro publicado é a coletânea de contos "Os Grilos não Cantam Mais", publicado no Rio de Janeiro com dinheiro próprio, que é bem recebido pela crítica.
Em 1942, começa uma carreira no setor público, como funcionário da Secretaria de Finanças de Minas, depois como oficial de gabinete do secretário de Agricultura. Muda-se para o Rio, onde assume o cargo de oficial do registro de interdições e tutelas da Justiça do Distrito Federal.
No Rio, conhece e passa a conviver com Rubem Braga, Vinicius de Moraes, Di Cavalcanti, Moacyr Werneck de Castro, Manuel Bandeira, entre outros. Formado em 1946, licencia-se do cargo na Justiça e embarca com Vinícius de Moraes para os Estados Unidos. Em Nova York, trabalha no Escritório Comercial do Brasil e, posteriormente, no Consulado Brasileiro. Começa a escrever o romance "O Grande Mentecapto", que só terminaria 33 anos depois.
De volta ao Brasil em 1948, é transferido para o cargo de escrivão da Vara de Órfãos e Sucessões e escreve regularmente crônicas para vários jornais e revistas. Em 1950, reúne várias crônicas sobre a sua experiência americana no livro "A Cidade Vazia".
Em 1956, publica "O Encontro Marcado", um dos maiores sucessos de sua carreira, que foi publicado em vários países. No ano seguinte, deixa o serviço público e passa a viver exclusivamente de sua produção intelectual como escritor e jornalista.
Em 1964, foi convidado pelo governo João Goulart para ser adido cultural na Embaixada do Brasil em Londres. Durante a rtemporada em Londres, faz a cobertura da Copa do Mundo de 1966 para o "Jornal do Brasil".
Vários de seus contos foram adaptados para o cinema. 'O Homem Nu' ganhou uma primeira versão na telona com Paulo José (com roteiro adaptado pelo próprio Sabino) e uma segunda com Claudio Marzo. 'O Grande Mentecapto' (1989), com Diogo Vilella, foi premiado no Festival de Gramado. 'Faca de Dois Gumes' foi adaptada para o cinema por Murilo Sales.
Ao longo de toda a sua carreira, a única obra de Sabino unanimemente mal recebida foi "Zélia, Uma Paixão" (1991), biografia autorizada de ex-ministra Zélia Cardoso de Mello. O escândalo da relação de Zélia com seu colega de ministério Bernardo Cabral e a saída dela do governo resultaram num clima hostil ao escritor, e um certo estranhamento por parte de sua legião de leitores.
Veja a bibliografia do escritor em:
http://educacao.aol.com.br/fornecedores/aol/2004/10/11/0001.adp
AOL
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