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Brasil cria vacina contra insetos


Publicado pelo caderno Equilíbrio, da Folha de S.Paulo 14/10/2004

(Ana Paula de Oliveira)
Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma vacina para o tratamento de alergias causadas por insetos como vespas, abelhas e formigas. Até então, a imunização usada era importada, ou seja, feita a partir do veneno de animais de fora do país, o que poderia prejudicar o tratamento, já que muitas das espécies só existem no Brasil.

Desenvolvida por uma parceria entre o Instituto de Investigação em Imunologia (III), do Hospital das Clínicas (SP), e a Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), campus Rio Claro, a imunoterapia a partir da vacina nacional deve ser aplicada em pessoas que já foram picadas uma primeira vez e apresentaram forte reação anafilática --a ponto de procurar pronto-socorro--, além de estarem expostas ao inseto.

Em torno de 25% a 65% dos pacientes com reação grave poderão ter outra crise caso sejam picados novamente. "Daí a grande importância da imunoterapia", diz Marluce Vilela, imunologista alergista da Unicamp.

O Brasil possui mais de 400 espécies de vespa e marimbondo. As substâncias presentes no veneno de uma vespa européia podem não existir em uma daqui, como diz o pesquisador Fábio Morato Castro, supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas. "Já estava mais do que na hora de prepararmos os nossos próprios antígenos", celebra Vilela.

"Dados mundiais apontam de 50 a 100 mortes por ano devido a insetos. Aqui, esse número é maior por conta da diversidade de insetos, porém não existem estatísticas. Em locais afastados, muitas vezes as pessoas morrem e a família nem sabe o motivo", diz Castro.

Considerado referência no diagnóstico e imunização de alergias causadas por insetos na América Latina, o III hoje trata cerca de 70 pessoas gratuitamente --em um processo de imunoterapia cuja dose, semanal, é aplicada por dois meses e, a partir disso, uma mensal até completar três anos de tratamento. "Assim, conseguimos de 98% a 100% de eficácia", diz Castro, afirmando não existir contra-indicação da vacina, que pode ser aplicada também em crianças. Informações: www.iii.org.br.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3788.shtml

Folha de S.Paulo

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