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São Paulo ganha museu Museu Afro-Brasil


Publicado pela Agência Carta Maior 22/10/2004

A Prefeitura de São Paulo, através das secretarias municipais da Cultura e do Verde e Meio Ambiente, inaugura no próximo dia 23 de outubro, às 11 horas, o Museu Afro-Brasil, espaço que pretende recuperar, preservar, valorizar e divulgar o universo histórico-cultural do negro brasileiro, colocado à margem das instituições oficiais há quase 500 anos.
Com curadoria e coordenação do artista plástico Emanoel Araújo, o museu será instalado no Pavilhão Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, e abrigará manifestações artísticas em diversas linguagens — cinema, fotografia, música, dança, teatro –, além de oferecer cursos, palestras e workshops. Funcionará de quarta a segunda, das 10h às 17h.

Longe de ser um museu meramente contemplativo, o Afro-Brasil tem o compromisso social de resgatar a dívida da sociedade brasileira para com o segmento negro e mestiço da sua população, reconhecendo o valor de sua cultura, sua dignidade e seu lugar na sociedade brasileira, bem como seu papel na construção de uma nova civilização.
Incorporando o que nossa sociedade tem de sincretismo e miscigenação, o museu quer fazer uma releitura da história, da memória, da cultura e da identidade brasileira. Mas sempre da perspectiva da população negra, e tendo como ponto de partida o olhar e a experiência do próprio negro.


Histórico, etnográfico e artístico, o Afro-Brasil também é um museu contemporâneo. O que significa dizer: um museu em permanente construção, que não se oferece como obra acabada; um museu onde o negro possa se reconhecer hoje; capaz de integrar os anseios do negro jovem e pobre ao seu programa museológico, contribuindo para sua formação educacional e artística, assim como para sua qualificação profissional; capaz de reservar um lugar de reconhecimento para a tradição que os mais velhos dolorosamente souberam guardar; capaz de reservar um lugar de reconhecimento aos negros ilustres, contribuindo para a formação intelectual e moral não só dos negros, mas de negros e brancos, cidadãos brasileiros, em benefício das gerações que virão. Capaz, enfim, de contribuir para a construção de um país mais justo e democrático, igualitário do ponto de vista social, aberto à pluralidade e ao reconhecimento da diversidade no plano cultural. Um museu que, sem preconceito ou discriminação, reate os laços e promova trocas entre a tradição, a herança local e a inovação global.
Emanoel Araújo e o acervo permanente do Museu Afro-Brasil
A criação do Museu Afro-Brasil significa o coroamento de mais de 20 anos de trabalho do artista plástico baiano Emanoel Araújo, curador e coordenador do museu. Atuando em várias frentes, Araújo trabalha incessantemente para preservar, divulgar e fazer respeitar a herança cultural e artística do negro no Brasil, numa série de eventos que se iniciou em 1988 com a publicação de uma obra de referência, A Mão Afro-Brasileira. Passando por um conjunto de exposições organizadas na Pinacoteca do Estado e apresentadas em Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros Estados, esse percurso culminou na megaexposição Negro de Corpo e Alma, na Mostra da Redescoberta da Fundação Bienal em 2000, por ocasião da celebração dos 500 anos do Brasil. O curador também atuou como consultor para o projeto de implantação de um Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira na Bahia.
Ao longo desses anos, Emanoel Araújo reuniu uma coleção de mais de 5.000 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, livros, vídeos e documentos, de artistas e autores brasileiros e estrangeiros, relacionados à temática do negro. É uma parte dessa coleção, num total de 1.100 obras, que ele está cedendo em regime de comodato à Secretaria Municipal da Cultura para constituir o acervo inicial do Museu Afro-Brasil.
Veja a íntegra em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=visualiza_arte&id=2543

Agência Carta Maior

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