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Início da vida sexual decepciona jovens


Publicado pelo jornal Folha de S.Paulo 24/10/2004

(Cláudia Collucci)
Homens e mulheres estão insatisfeitos com o início da vida sexual. Estudo do núcleo de sexualidade da USP de São Paulo mostra que 58,6% dos rapazes se queixam de ejaculação precoce e problemas de ereção. O mesmo percentual de insatisfação (58,7%) é verificado entre as garotas, que citam a falta de orgasmo como o principal problema.
Os números, obtidos com exclusividade pela Folha, foram extraídos da maior pesquisa sobre a vida sexual do brasileiro já feita no país, realizada pelo Projeto Sexualidade da USP, sob coordenação da psiquiatra Carmita Abdo.
Foram ouvidas 7.103 pessoas, entre homens e mulheres de todas as classes sociais, com idade entre 18 e 70 anos, em 13 Estados do país.
Sobre as dificuldades específicas do início da vida sexual, responderam aos questionários 1.123 mulheres e 981 homens.
Na avaliação de médicos, psiquiatras e psicólogos, não há problemas de disfunção sexual de ordem física nessa fase da vida. As dificuldades são atribuídas à imaturidade emocional, ao pouco conhecimento do parceiro e à falta de tranqüilidade do ato sexual. "É um fenômeno normal na vida de homens e mulheres que, com o tempo, tende a ser superado", diz Carmita Abdo.
Os jovens são mais ansiosos. E a ansiedade, associada ao medo de falhar, está levando muitos a comprar, sem receita médica, remédios para disfunção erétil (Viagra, Cialis e Levitra). "Eles dizem que é para turbinar a relação, mas no fundo é uma insegurança muito grande", afirma o urologista Sidney Glina, do Instituto H. Ellis, de São Paulo, e chefe da urologia do Hospital Ipiranga.
Glina, que no seu consultório atende jovens da classe média alta, afirma que há grupos de amigos que "transam" grupos de amigas, e o desempenho sexual de cada um torna-se público.
Segundo Abdo, alguns fatores explicam essa insatisfação sexual dos jovens no início da vida sexual. As meninas têm dificuldade de relaxamento, não estão lubrificadas o suficiente e se queixam de dor durante o ato sexual.
Já os meninos, guiados apenas pela atração física, na hora H podem ser surpreendidos pelo constrangimento, pela inibição e pelo medo de falhar.
Para Abdo, a ejaculação rápida não dá a sensação de falha para os jovens. "O grande temor é a perda ou falta de ereção, que, na cabeça deles, não tem como explicar e todo mundo vai saber", diz.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2410200401.htm

Folha de S.Paulo

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