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Quer dançar comigo?


Publicado pelo Agência Carta Maior 25/10/2004

(Eduardo Carvalho)
São Paulo mantém, há mais de um século, a tradição de ter os melhores bailes do país. Clubes como o Piratininga, Holmes, Nacional, Atlético, Juventus, entre outros muitos, oferecem bailes semanais que reúnem uma legião de dançarinos de salão em busca de diversão e alguma companhia.
Neste ano de 2004, a tradição ganhou um inusitado reforço. Trata-se do Vitrine da Dança, que ensina o be-a-bá da dança de salão, gratuitamente, para centenas de paulistanos, num projeto que resgata a auto-estima e busca oferecer condições de sociabilidade para gente que não tem nem espaço para lazer no centro de São Paulo. São aulas abertas ao público, em uma sala envidraçada cravada numa tradicional esquina do centro: Dom José de Barros com São João, em frente ao Largo do Paissandu.
Este é um dos muito projetos que, além de favorecerem o resgate do deteriorado centro da cidade, busca a inclusão social por meio de ações culturais, ampliando seu alcance por meio da otimização de espaços culturais públicos já existentes e criando mecanismos para utilização de imóveis ociosos de valor histórico ou de referência para a população local.
Sueli Andrade, articuladora da equipe de dança da Galeria Olido, conta que “é perceptível como as aulas de dança mexem com a auto-estima das pessoas, principalmente dos moradores das redondezas que não tinham opção de lazer gratuitas na região. Moram em prédios que sequer área comum possuem. Além disso, está acontecendo um fenômeno interessante, vários freqüentadores das aulas acabam vindo às mostras de dança contemporânea na qualidade de espectadores, pois seu interesse começa a se estender a tudo o que diz respeito a este universo. Outros, por estarem aqui, acabam indo ao cinema, à mostra fotográfica. É interessante observar que, no começo, devido à carência de lazer destas pessoas, elas vinham para cá só pela oferta do espaço físico, agora elas vêm, dos pontos mais diversos da cidade, para participar dos projetos, vêm, agora, pelo conceito, e não mais apenas pelo espaço do qual eles tinham tanta carência”.
É isso mesmo, uma vitrine, como diz o nome do projeto. Os transeuntes apressados do calçadão da Dom José de Barros ou da São João param para ver gente de toda idade aprendendo a dançar e a comportar-se com o decoro que um baile de salão exige. Alguns se arriscam a entrar e também dançar. Outros seguem caminho lamentando a falta de tempo, interesse ou de um par!
A média de freqüência nas aulas é de 100 alunos, atingindo picos de 150 atentos aprendizes enfileirados na ampla sala do térreo da Galeria Olido, aguardando as instruções dos professores Luciana Mayumi e Ítalo Rodrigues que dão aulas de terça a sábado, em horários variados. As turmas da noite (quartas e sextas das 19 às 21 horas) são as mais concorridas, chegando a lotar a sala de 150 m² e criar uma verdadeira platéia de pé, do lado de fora, ao longo das amplas janelas que ladeiam a esquina. Mas são as da tarde (de quarta a sexta, das 15 às 17 horas) que causam maior surpresa aos acelerados passantes do centro de São Paulo em pleno horário de expediente.
Veja a íntegra em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=visualiza_arte&id=2550

Agência Carta Maior

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