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Pesquisas feitas com gosto


Publicado pelo site AOL 27/10/2004

(Renata Costa)
O velho truque "abra a boca e feche os olhos" não funciona mais com a Pesquisa na área de Nutrição das universidades brasileiras. Isto porque tem crescido o interesse em analisar o que o brasileiro está mais habituado a comer, contemplando inclusive as diferenças regionais.
Um dos estudos mais importantes da área foi feito pelo Nepa (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação) da Unicamp (Universidade de Campinas), que coordenou a análise da composição de 198 alimentos mais consumidos no país, coletados em nove cidades das cinco regiões brasileiras. Os exames laboratoriais foram feitos pelo ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e pela Embrapa no Rio de Janeiro. O estudo recém-concluído levou oito anos, mas na realidade, não terminou. "À medida que novos alimentos vão sendo incorporados à dieta do brasileiro, eles tendem a ser analisados", afirma Dag Mendonça Lima, pesquisador do Nepa.(Clique aqui para ver a tabela de composição dos alimentos).
A segunda fase dos estudos já teve início e vai contemplar a análise de outros 270 alimentos. Embora outros países já tenham sua tabela de composição completa e que até abranja alguns produtos em comum com os do Brasil, caso do arroz, por exemplo, são muitas as variáveis que interferem na composição. Por isso é importante o estudo local, pois solo, tipo de semente, incidência de luz e outros fatores podem fazer com que o alimento varie, não só de um país para outro, mas também em cada região dada a extensão do território brasileiro.
Nem sempre a fama faz jus ao produto
Prova de que é preciso conhecer o que se come é a ricota. Se ela é a primeira opção para o café da manhã ou para o lanche da noite para quem faz dieta, é melhor parar e analisar. A nutricionista Fernanda Álvares da Rocha, da UnB, estudou três tipos de queijos em sua dissertação intitulada "Análise da gordura total e do perfil de ácidos graxos em queijos do tipo mussarela, prato e ricota em comparação dos dados experimentais com os teóricos" e descobriu que antes de utilizar um alimento por conta de sua "fama", é importante ler o rótulo.
"Encontrei resultados muito interessantes, pois acreditava que a ricota não seria tão gorda e, no fim das contas, descobri que ela tem uma quantidade de gordura muito alta", conta Fernanda. Através das análises, ela pôde perceber que o nível lipídico (gorduras) entre as diferentes marcas pesquisadas variou de 13g até 37g por 100g de amostra do queijo. Ou seja, quase três vezes diferente de um produtor para outro. "Em termos de análise geral de ricota, mussarela e queijo prato, percebe-se que as empresas hoje não têm uma padronização do leite utilizado. Então seria importante que elas se preocupassem em melhorar a qualidade da matéria-prima para que se tenha um produto mais homogêneo no mercado", afirma. Para o consumidor, o melhor é ler os rótulos dos queijos e compará-los antes de comprar se houver preocupação com a quantidade de gordura a ser consumida. (Para saber mais sobre os resultados da dissertação de Fernanda, clique aqui).
Embora já seja obrigatório pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o rótulo dos produtos comercializados no Brasil ainda não ganhou seu devido valor. Diferentemente de outros países, onde o fabricante pode, por lei, colocar informações relacionando seu produto ou de um de seus componentes com a prevenção de alguma doença, no Brasil o fabricante precisa fazer um pedido especial à Anvisa se quiser agir desta forma.
Interesse em saber o que faz bem para a saúde, o consumidor tem. Pesquisa de mestrado da nutricionista e pesquisadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da UnB, Janine Coutinho, realizada em supermercados com 198 consumidores de Brasília e região mostrou que 43% deles procuravam frases que relacionassem o produto escolhido na prateleira com algum benefício à saúde. Além disso, 95% dos entrevistados disseram acreditar que a alimentação pode prevenir doenças crônicas não-transmissíveis como câncer, obesidade, hipertensão, diabetes e outras.
Veja a íntegra

http://educacao.aol.com.br/fornecedores/ubr/2004/10/27/0001.adp

AOL

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