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Com micro, a garotada se alfabetiza mais rápido


Publicado pela Nova Escola On-Line novembro 2004

A criança do século 21 nem precisa ter tocado em um computador para saber que o bicho não morde. Ela sabe que a máquina está presente no trabalho dos pais, no banco, no supermercado. Às vezes, também em casa e na escola. Tanto melhor quando isso acontece desde a Educação Infantil, já que os pequenos têm a maior facilidade para usar o mouse, identificar as letras no teclado, formar sílabas, enfim, escrever. Sim, o computador é um aliado na alfabetização.
Nessa fase, não é necessário nada além de um processador de texto e um programa de desenho. "A criança cria símbolos, descobre as letras e faz composições com elas para comunicar seus pensamentos", diz Léa Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Como se vê, o bom uso do computador dispensa conexão com a internet ou uma coleção de softwares educativos.
Na hora de explorar um computador "desplugado" e básico com turmas de 5 a 7 anos, o importante é realizar tarefas que têm sentido para elas, como escrever o próprio nome e fazer a lista dos aniversariantes do mês ou a relação das atividades do dia. Usando o mouse, as crianças treinam a coordenação motora e, de olho no teclado, identificam letras, números e símbolos. Tudo isso dá ao professor a chance de se deslumbrar com a produção da classe e se surpreender com a rapidez com que todos aprendem a lidar com a informática.
Um livro de poesia
"Tive um aluno de 5 anos com dificuldade na escrita que se alfabetizou rapidamente com o uso do computador", conta a professora Vanessa Calin Gonçalves, do Educandário São Domingos, em São Paulo. Milagre tecnológico? Claro que não. "De nada adianta o micro sem um projeto pedagógico. Se deixar as crianças só brincando com o Paint, o programa de desenho de que tanto gostam, elas cansam logo", admite.
A máquina desperta o interesse dos alunos de pré-escola de Vanessa, na faixa de 5 e 6 anos, e agrega a turma. Em dupla, uma criança ajuda a outra. Por isso, a professora sempre junta quem tem níveis de aprendizagem diferentes.
Após explorar os recursos do micro por um tempo, a turma de Vanessa começou um projeto: um livro de haicai. "Eles amam os versos e conhecem diversos poetas." Antes de reescrever no Word os poemas do escritor curitibano Paulo Leminski (1944-1989) e ilustrá-los no Paint, os estudantes tiveram diversas atividades de alfabetização. A professora também falou sobre a origem e estrutura do haicai e discutiu a função social do poema. Logo a turma se animou com a idéia de recitar para outras pessoas e, terminado o livro, todos vão participar de um recital.
Ao reescrever — escrever o que lembravam do poema que leram —, as duplas não foram fiéis à ortografia. "Depois questionava a classe sobre qual a maneira correta de escrever as palavras", conta Vanessa. O texto era, então, corrigido e os alunos faziam as ilustrações. Cada página pronta era impressa e, quando todas forem concluídas, o livro de poemas será encadernado. "Em breve, os meninos vão escrever os próprios haicai."
O canto do computador
Não é preciso conhecer muito de informática para desenvolver um trabalho como esse. "Se fizéssemos como as crianças, que não têm medo e aprendem o que precisam, quando precisam, o micro não seria motivo de angústia", afirma Paulo Périssé, líder pedagógico da Escola de Educação Internacional da Bahia, em Salvador. Não é preciso ficar ansioso para aprender tudo de uma só vez e sem erros.
Patrícia Regina S. de Macedo Rego, coordenadora da Escola Municipal Friedenreich, no Rio de Janeiro, passou por isso: "Fiquei temerosa com a novidade de ter um computador dentro da sala de aula". Agora, ela se diz maravilhada. "Até o aluno com mais dificuldade na escrita se transforma! E todos adoram a ‘mágica’ da impressora."
Leia a íntegra em:

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0177/aberto/tecnologia.shtml

Nova Escola On-Line

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