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Livro mostra tradições e religiosidade populares


Publicado pela Agência Carta Maior 05/11/2004

(Margarida Nepomuceno)
Definir Mario de Andrade como um dos principais condutores do modernismo brasileiro, autor de Paulicéia Desvairada, para muitos o documento que fundamentou o movimento e de clássicos como Macunaíma e Amar Verbo Intransitivo, ambos de 1928, é, nos dias de hoje, uma definição importante, mas insuficiente.

Neste sábado, 6 de novembro, a partir das 11 horas, o Instituto de Estudos Brasileiros da USP, reconhecido depositário do acervo pessoal e cultural de Mario e Andrade, estará lançando o livro Coleção Mário de Andrade - Religião e Magia, Música e Dança e Cotidiano, mostrando uma outra característica acrescentada às muitas já conhecidas do modernista: a de cuidadoso colecionador.
O livro, resultado de uma parceria com a Imprensa Oficial do Estado, Edusp e apoios da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária ,e Governo do Estado de São Paulo, reúne dezenas de peças coletadas pelo pesquisador ao longo de sua vida e por seus contemporâneos, e que fazem parte do acervo geral de Mario de Andrade adquirido pela Universidade de São Paulo e encaminhado ao IEB desde 1968.

O que estará sendo apresentado não corresponde à totalidade de objetos do acervo de Mário de Andrade, somente um conjunto de peças estudadas e identificadas após vários anos de pesquisas desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar ligada à instituição , coordenada pela professora Marta Rossetti, responsável também pela organização do livro.

Esta é a segunda publicação da coleção de Mario de Andrade. A primeira, lançada em 1985 na série Artes Plásticas e reeditada em 1998, mostrou cerca de 660 peças, entre pinturas, esculturas e desenhos de artistas brasileiros, contemporâneos de Mario de Andrade.
Organizadas e catalogadas de acordo com as funções sociais ou religiosas, as peças que Mario de Andrade colecionou em suas andanças pelo interior do Brasil, entre 1919 a 1945, revelam o interesse do pesquisador pela vida e cultura brasileiras e sua determinação em contribuir para a redescoberta de um país fundado em suas raízes populares. São "pedaços do Brasil" conservados pelo escritor para seus estudos e que constituem preciosidades pelos valores etnográficos, estéticos ou documentais que encerram.
Em Religião e Magia, o livro traz objetos de cultos católicos e afro-brasileiros, de tradições religiosas e crendices populares como esculturas de madeira, barro cozido ou marfim; crucifixos, oratórios, coroas de metal, relicários e demais adornos religiosos. Há pinturas rústicas em madeira ou papel com narrativas de milagres como é o caso do Milagre de Nossa Senhora Aparecida, pintado em guache, em 1923, procedente de Guaratinguetá (pp 251) ,que mostra a cena do ocorrido e a descrição feita pelo próprio beneficiado, segundo o qual foi salvo pela santa quando caía de um carro de boi cheio de bananas.

O livro traz ainda em Música e Magia imagens de instrumentos musicais ou partes da indumentária de danças indígenas, afro-brasileiras e populares e que estão diretamente relacionados com a pesquisa sobre folclore musical do escritor modernista .Chocalhos feitos de frutas, flautas de osso e gaitas utilizados por várias tribos indígenas do norte do Brasil. Coifas (semelhantes aos cocares) usados por índios Carajás, colares e adereços. Do interior de São Paulo vieram os adereços de cabeças e chapéus decorados utilizados nas festas do Divino e em Congadas, e batas feitas com tecidos finos e fitas de cetim.
Veja a íntegra em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=visualiza_arte&id=2604

Agência Carta Maior

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