TV: jovens propõem nova abordagem para seriados |
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Publicado pelo site da USP 05/11/2004 |
(Ligia Carriel)
Uma nova abordagem da realidade dos jovens. Essa é a proposta do projeto de alunos e recém-formados da USP para um seriado de ficção destinado a jovens de 14 a 22 anos. “Como o grupo é composto principalmente por jovens, o seriado terá uma abordagem menos estereotipada desse universo. O público adolescente tem uma necessidade maior de identificação”, afirma Renato Tavares, um dos diretores do projeto. “Escolhemos o púbico jovem porque percebemos uma certa escassez de produtos para adolescentes no mercado de televisão aberta. Com exceção da Rede Globo, a dramaturgia brasileira ainda é pouco estimulada pelas emissoras”, explica Renato, que é formado em Rádio e TV pela USP.
A equipe do seriado é formada por 20 jovens, entre eles estudantes e recém-formados da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Psicologia (IP) da USP. Alunos de outras universidades, como a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) também participam. “Como tinha muita gente da ECA interessada em fazer ficção, decidimos formular esse projeto em agosto de 2003. Na universidade, tem muita gente capacitada para trabalhar no mercado. O que falta mesmo são os contatos, a experiência de trabalho. O projeto conseguiu agregar estudantes e recém-formados de diferentes áreas: roteiristas, atores, produtores. Eles têm muito potencial de inovação, novas propostas de enquadramento e fotografia”, ressalta Cláudio Yutaka, também diretor do seriado.
Divulgação
O seriado conta a história de cinco protagonistas que moram num mesmo prédio. O grupo do projeto já filmou um vídeo-demonstrativo e já conta com 12 sinopses finalizadas. “Estamos tratando da relação de convivência num prédio. O local do seriado tem que ser um personagem também”, explica Renato. A equipe passa agora pela fase de divulgação do material. “O problema dos projetos audiovisuais é a dificuldade de comercialização e divulgação. Por isso, no início do projeto, nós já formamos três frentes de trabalho: o grupo de roteiristas e dramaturgia, a equipe de produção e um grupo de divulgação comercial”, conta.
“A produção independente é sempre um desafio. O mercado é complicado, mas queremos apresentar um produto que tenha inúmeras possibilidades de retorno financeiro”, pondera Adriano Bacalá, formado em Rádio e TV pela Unesp e responsável pela divulgação do material. O grupo aproveitará o mês de novembro para atrair o interesse das emissoras. “As grades de programação costumam ser fechadas no começo do ano. Temos que aproveitar agora para mostrar o nosso produto e preparar a produção”, completa.
Para Cláudio Yutaka, a aprovação do projeto será um termômetro para observar como o mercado reage a novas propostas. “É claro que nós temos diversas críticas pessoais à programação televisiva. Mas nós queremos dar um passo além e apresentar novas abordagens. O que nós queremos ver é o quanto o mercado está preparado para ouvir essas propostas e apostar nelas”, explica.
O e-mail para contato com o projeto é seriadousp@yahoo.com.br .
http://www2.usp.br/canalacontece/artigo.php?id=2029
USP
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