Publicado pela Agência PontoEDU 10/11/2004

O que existe em comum entre o fanatismo religioso, o dogma político, a alienação ideológica ou a convicção delirante? Para a professora e psicanalista francesa Sophie de Mijolla-Mellor, essas são algumas formas pelas quais se manifesta a necessidade de crer no homem - um sentimento forte e cada vez mais desenvolvido neste século.
"De modo diferente do que aconteceu no século XX, agora estamos assistindo a uma certa ampliação da crença religiosa", afirma Sophie de Mijolla-Mellor. A especialista vai falar sobre essa necessidade intrínseca do ser humano, na palestra do Universo do Conhecimento, fórum de debates permanentes da Universidade São Marcos, que acontece hoje, às 19h30 no campus do Ipiranga.
A palestra vai abordar o tema da crença a partir de textos de Freud, nos quais ele afirmava que a necessidade de crer estava ligada à premência de se sentir protegido pelos pais.
A psicanalista afirma que crer e saber são necessidades primordiais e o sentimento de acreditar em algo se confunde com a própria vontade de dar sentido às coisas. A estudiosa examina a crença de acordo com três eixos: as fontes da necessidade de crer, os seus desdobramentos "profanos e sagrados" e ainda a teoria dessa manifestação e suas implicações.
Logo após a palestra, a professora francesa vai lançar, pela editora Unimarco, seu último livro "A Necessidade de Crer - Metapsicologia do fato religioso".

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Agência PontoEDU

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