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Tom saudoso


Publicado pela Agência Carta Maior 08/11/2004

(Edson Wander)
O baú de Antonio Carlos Jobim (1927-1994) parece inesgotável e 8 de dezembro é dia de relembrá-lo pelos dez anos da perda do "menino que era um perigo", nas palavras de Villa-Lobos, e do homem que compôs "o samba mais bonito do mundo", na avaliação de Chico Buarque sobre "Águas de Março". Da memória do menino, muita coisa guarda-se nesse baú gestado pela família no Instituto Antonio Carlos Jobim, e da memória do homem feito, compositor celebrado mundialmente, saltam novas pepitas sonoras e literárias.
Inaugurando o selo próprio Jobim Biscoito Fino (em parceria com a gravadora carioca de Kati Almeida e Olivia Hime), sai agora, em CD, um show inédito de piano e voz do maestro, realizado em 1981 no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Na área analítica, três críticos (um deles músico) debruçaram-se sobre três canções famosas do maestro no livro Três Canções de Jobim (leia sobre o disco e o livro abaixo). O livro será lançado hoje, na Galeria Olido. A obra de Tom Jobim vem sendo revista há alguns anos.
Este ano, as gravadoras que detêm parte da discografia do maestro soltaram coletâneas e discos originais remasterizados; o mais importante desses lançamentos saiu pela Trama, há pouco, um álbum que Jobim gravou com Elis Regina (e César Camargo Mariano e banda) em Nova York. A maior e mais importante parte do espólio continua mesmo com a família e está sendo tratada para disponibilização pública no Instituto Antonio Carlos Jobim. À frente dele, está a viúva Ana Lontra Jobim e o filho mais velho, Paulo Jobim. "Eu considero o Jobim Sinfônico o primeiro resultado sonoro do instituto, mas há muita coisa que queremos lançar ainda, inclusive os discos originais que estão em poder de diferentes gravadoras", disse Paulo Jobim, por telefone, da sede do instituto, no Rio de Janeiro. Arquiteto e músico, Paulo tem dedicado-se mais ao cuidado da obra do pai, inclusive como revisor, copista, arranjador e produtor. Foi nessa última função que ele fez (com Mário Adnet, violonista como ele) o CD duplo e DVD com as músicas orquestrais de Tom Jobim.
O projeto, que o maestro quis realizar e não conseguiu, foi gravado com banda e músicos da Osesp e lançado no ano passado. O disco dividiu o Grammy Latino com a Orquestra de Barcelona na categoria clássicos e segue rendendo frutos. Paulo informa que fará show desse projeto no ano que vem nos Estados Unidos e na Holanda. Antes da sinfonia jobiniana, Paulo Jobim organizou o Cancioneiro Jobim, um conjunto de cinco livros que recolheu histórias, ensaios e partituras do maestro. Os últimos volumes, em cujo repertório Jobim filho conta cerca de 250 músicas, saíram com a chancela do instituto.
O projeto maior agora, conta Paulo Jobim, é finalizar a digitalização do acervo para socializar a obra do maior cancionista brasileiro. Para o preparo e construção do site, a família Jobim conta com patrocínio da Petrobras e apoio da Faperj (Fundação de Apoio à Pesquisa no Rio). As músicas serão disponibilizadas na internet em MP4 (formato mais avançado do que o MP3) e o internauta poderá ouvir, mas não salvá-la em seu computador (download). "Pelo instituto não dá para vender, não é nossa finalidade, além do que, isso envolve parceiros, o que complica a negociação. Também não sou contra disponibilizar de graça, mas acho que, para o comércio eletrônico de música, deve-se encontrar uma solução que resolva o problema do direito autoral", comentou Paulo Jobim, que espera colocar o site no ar entre março e abril de 2005.
Dos discos espalhados pelas gravadoras, Paulo Jobim conta entre 12 e 14 álbuns, a maioria lançada no exterior e sem remasterização no Brasil. Paulo Jobim não vê nenhum "pecado" nas coletâneas mal cuidadas que vez por outra saem das fornadas multinacionais, mas diz querer lançar esses álbuns com mais cuidado, "para atender ao fã que gosta de ter a informação de repertório, músicos, a ficha técnica". O novo disco, Em Minas ao Vivo, vai para o mercado externo e Paulo Jobim afirma que pretende expandir fora do país o trabalho do instituto.
Leia a íntegra em:

http://agenciacartamaior.uol.com.br/agencia.asp?coluna=visualiza_arte&id=2737

Agência Carta Maior

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