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População encolheu, diz IBGE


Publicado pelo Folha Online 29/12/2004

(Janaina Lage)
A pesquisa "Tendências Demográficas", realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir dos dados do Censo 2000, revela que a população de 27,2% dos municípios do país encolheu de 1991 a 2000.

O percentual representa 1.496 municípios. A menor atratividade destas localidades, tanto para o crescimento demográfico quanto para ciclos de migração, pode ser evidenciada pela alta taxa de analfabetismo, pela mortalidade infantil acima da média e pelo rendimento menor. Segundo o IBGE, entre os municípios com perda populacional destacam-se Ilhéus (BA), Nilópolis (RJ) e Teófilo Otoni (MG).

O IBGE ressalta que foram encontrados grandes pólos de perda populacional em regiões do extremo norte do Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina, em áreas próximas à fronteira com a Argentina, no eixo da BR-156, nos municípios da parte central do Estado do Paraná, próximo à fronteira com o Paraguai, no eixo da BR-385,
assim como os municípios próximos a São Paulo.

Outro foco importante de crescimento negativo foi verificado no corredor de municípios que vai de Minas Gerais até a Bahia, entre a BR-101 e a BR-116. No Nordeste, as principais perdas ocorreram nos municípios entre as divisas de Alagoas e Pernambuco e nas regiões centrais da Paraíba e do Piauí. Na região Centro-Oeste, os destaques foram os municípios do norte e oeste do Estado de Goiás e na região Norte, municípios pouco habitados do sudoeste regional.

A perda populacional está relacionada também à criação de novos municípios entre 1991 e 2000. A maior parte das localidades que apresentaram queda no número de habitantes conta com até 50 mil habitantes.

Analfabetismo

A taxa de analfabetismo do país em 2000 era de 13,6%. Nos municípios com perda populacional, este percentual sobe para 23,6% entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. Nestas localidades, o número de anos de estudo é menor do que a média do país: 4,5 anos contra 6,2 anos no Brasil. Para o IBGE, os resultados mostram que os municípios que não retêm nem atraem população contam com um frágil sistema educacional.

A carência de serviços básicos não se restringe à educação. A pesquisa revela também que as proporções de deficiências graves (cegos, surdos ou mudos) supera a média do país, de 14,7% da população, e chega a 17,1%. O número de pessoas que declararam ser incapazes com alguma ou grande deficiência de enxergar chega a 12,1%. Para o instituto, estes municípios não possuem uma rede de atendimento de saúde adequada para diagnosticar e tratar dos problemas de saúde tão logo eles se iniciem.

A taxa de mortalidade infantil supera a do país. De cada mil nascidos vivos, foram registrados 36,4 óbitos para menores de um ano de idade. A taxa nacional foi de 29,7 em 2000.

Estes municípios apresentam também uma proporção elevada de pessoas ocupadas, mas o rendimento é baixo. Cerca de 46,5% das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas possuíam rendimento de até um salário mínimo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u103538.shtml

Folha Online

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