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Ecoturismo também danifica meio ambiente


Publicado pelo site Aprendiz 14/01/2005

(Cássia Gisele Ribeiro)
O grande objetivo do ecoturismo é a conservação das trilhas, matas, cachoeiras e praias que recebem visitas. No entanto, ainda há pouca preocupação com questões que podem ser prejudiciais à saúde dos moradores e até mesmo à atividade turística, como o saneamento básico, a falta de água e o destino do lixo, que triplica em regiões que exploram o turismo.
A afirmação foi feita pelo biólogo Leandro Giatti, em sua tese de doutorado: "Ecoturismo e impactos ambientais na Região de Iporanga - Vale do Ribeira-SP", defendida na Faculdade de Saúde Pública da USP. Segundo ele, o ecoturismo preserva muito mais a região quando comparado às atividades de extração de chumbo e palmito que aconteciam na região. "Porém, também existem impactos ambientais associados ao ecoturismo que não podem ser ignorados", alerta.
Segundo o pesquisador, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, em Iporanga, atrai cada vez mais visitantes porque está próximo a pólos emissores de turistas, como São Paulo. Além disso, houve uma melhora considerável na rede viária, e o ecoturismo passou a representar um mercado em crescimento como opção de lazer. "No entanto, é preciso que os cuidados aumentem na mesma proporção", alerta.
Em seu trabalho, Leandro avaliou as seguintes questões: a poluição dos rios, o nível de esgoto e destino final do lixo. Para isso, o pesquisador examinou amostras de água de 16 pontos diferentes dos rios Betari e Petar, localizados dentro do parque. O nível de poluição por esgotos domésticos - próximos ao Bairro da Serra, em Iporanga -, estava bastante alto. Esse bairro se localiza perto do Núcleo Santana, exatamente onde se hospedam os turistas.
"Com perspectivas de crescimento do turismo, essa situação representa um risco à própria atividade, pois os rios são as principais atrações da região", diz. Além disso, Giatti alerta para os riscos de doenças entre as crianças do bairro.
Ao pesquisar o destino final do lixo produzido na região, o pesquisador identificou também que os depósitos não são os mais adequados. Em maio de 2002, o lixo era levado para um lixão. Um ano depois, a prefeitura construiu um aterro sanitário, que ainda não é o ideal. "É uma área de turismo ecológico, onde aparentemente o problema está solucionado. Mas é preciso pensar na destinação final desses resíduos".
Pesquisas também mostraram que a água e os animais do parque estavam contaminados por agrotóxicos. O rio Betari passa por uma plantação de tomate antes de entrar no parque, e carrega em suas águas o agrotóxico. "Não tem como preservar uma região sem cuidar da bacia hidrográfica que está no entorno", conclui Leandro.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=730d52ae0af470100148f8c8982a15f6

Aprendiz

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