USP terá 3 equipes no Projeto Rondon |
|
|
Publicado pelo site do Governo do Estado de SP 17/01/2005 |
(Flávia Souza e Tadeu Breda)
Reativado recentemente por iniciativa da Presidência da República e da União Nacional dos Estudantes (UNE), o Projeto Rondon terá a participação de três equipes da USP. Entre as instituições de ensino superior selecionadas, estão equipes formadas por estudantes e professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP).
O projeto, criado em 1967 e desativado em 1989, levava estudantes universitários a regiões carentes do país durante as férias. De acordo com o planejamento estratégico desenvolvido pelo Ministério da Defesa, dois aspectos da visão original do projeto permanecem atuais: democratizar e compartilhar o conhecimento produzido nas universidades e 'proporcionar aos jovens estudantes o conhecimento de novas realidades'.
Foram selecionadas 40 equipes - de 130 inscritas - para participar da primeira fase do projeto, implementada neste mês de janeiro no Amazonas. A seleção levou em conta o histórico escolar dos alunos, o currículo dos docentes e o trabalho das instituições. Os grupos, formados por quatro estudantes e um professor/tutor, passarão duas semanas (de 15 a 29 de janeiro) em comunidades carentes do estado. O objetivo é diagnosticar os problemas locais e elaborar um relatório com propostas de melhorias. Em julho, as equipes retornarão aos municípios avaliados para a segunda fase do projeto, voltada à implementação de soluções.
Meio ambiente
A equipe da Esalq, coordenada pelo professor Luis Eduardo Aranha Camargo, fará um levantamento das condições ambientais do município de São Gabriel da Cachoeira. 'Vamos focar questões relacionadas à exploração racional de recursos, à recuperação florestal, à reposição de espécies da floresta e ao uso de biodiesel', afirma Camargo. Sobre este último aspecto, o professor enfatiza que o transporte de combustíveis para a região é uma operação cara. 'Uma alternativa seria a produção de biodiesel a partir da cultura local de dendê.'
São Gabriel da Cachoeira está localizada na região da Cabeça de Cachorro, a 1.800 km de Manaus. Segundo Camargo, o município, de 23 mil habitantes, é composto por pequenas comunidades dispersas, que provavelmente fazem uso intensivo dos recursos naturais. 'Em nosso relatório final, faremos propostas que busquem minimizar os efeitos nocivos dessa exploração', diz.
Energia para a economia
O professor Edílson Hiroshi Tamai também irá atuar em São Gabriel da Cachoeira como coordenador da equipe formada por alunos da Poli. O grupo pretende avaliar o acesso à energia elétrica e ao saneamento básico oferecido a comunidades ribeirinhas do município. 'O Amazonas possui dois grandes problemas ligados à geração e distribuição de eletricidade: os rios possuem poucas quedas d'água, e a floresta dificulta a instalação de linhas elétricas', explica Tamai.
Segundo o professor, isso impossibilita a transmissão de energia até as áreas isoladas da floresta, fazendo com que as comunidades inteiras permaneçam sem eletricidade - ou a obtenham, de forma precária, através de geradores a diesel. 'Uma das idéias é estudarmos a viabilidade da instalação de fornos solares, que captam energia do Sol de forma mais barata. A colocação de turbinas ativadas pela correnteza dos rios também é uma alternativa.'
Leia a íntegra em:
http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/lenoticia.asp?id=60334
Governo do Estado de São Paulo
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|