Publicado pelo site UOL Educação 14/02/2005

Dados preliminares de uma pesquisa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) apontam a falta de 250 mil professores no ensino médio público brasileiro.

Os números fazem parte de um levantamento do Ministério da Educação que tenta identificar com precisão quantos professores de química, física, matemática e biologia faltam nas escolas do país.

"O problema é diferente em cada região, de Estado para Estado, e em áreas de conhecimento. Para propormos as medidas, precisamos ter dados que exprimam a realidade da forma mais fiel", disse a diretora de ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Lúcia Lodi.

O secretário de educação básica, Francisco das Chagas, disse que o MEC estuda uma forma para que todo o conteúdo do ensino médio seja ministrado em sala de aula, mesmo com a falta de professores. "Já estamos elaborando uma proposta, mas também vamos conversar com os secretários estaduais de educação para que não aconteça de os alunos terminarem o ano sem ter noção das disciplinas nas quais faltam professores", disse.

Novos professores
Na última semana o então ministro interino da Educação, Fernando Haddad, assinou duas portarias, publicadas no Diário Oficial da União do dia 9 de fevereiro, que autorizam a contratação de 800 professores de ensino básico.

A autorização abrange universidades federais, Cefets (centros federais de educação tecnológica), escolas agrotécnicas federais, o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos e o Instituto Benjamin Constant.

Antes disso, o último concurso para contratação de professores do ensino básico havia sido autorizado pelo MEC em 2003, com 500 vagas.

Além das vagas autorizadas, em março do ano passado, o governo federal criou a Capemp (Comissão de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio e Profissional), que tem como tarefa traçar alternativas para suprir a carência de educadores.

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